Folha de S. Paulo


Mesmo com dez jogadores, Criciúma segura empate com o líder Inter

O Internacional não conseguiu superar a forte marcação do Criciúma e tropeçou diante do rival, neste domingo (18), no Heriberto Hülse, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

O time colorado se esforçou, mas foi ineficaz diante da retranca e valentia do Criciúma, que, mesmo com um a menos desde o fim do primeiro tempo, conseguiu segurar o empate por 0 a 0.

Com o resultado, o time gaúcho manteve a liderança do Brasileiro, agora com 11 pontos. Já o Criciúma continua na zona da degola, com quatro.

Na próxima rodada, o Inter visita o Coritiba, no Couto Pereira, enquanto o time de Santa Catarina faz o clássico estadual contra a Chapecoense, novamente no Heriberto Hülse.

Traumatizado com a goleada por 6 a 0 na rodada anterior diante do Botafogo, o Criciúma entrou em campo mais preocupado em evitar um novo vexame do que tentar vencer o adversário.

A equipe da casa montou uma verdadeira trincheira, que dificultou muito a vida do rival. Ainda mais porque o meio de campo do time de Abel Braga não conseguiu imprimir o mesmo dinamismo que o levou ao topo da tabela.

A retranca foi tanta que o meia Paulo Baier passou a partida quase toda sendo o jogador mais avançado da equipe catarinense. As chances de gol do Inter foram raras. E quando vieram, não foram aproveitadas devidamente, como no lance em que Juan ficou totalmente livre após cobrança de escanteio.

A esperança da torcida do Internacional era que o duelo ficasse mais fácil com a expulsão do lateral direito Eduardo, no fim do primeiro tempo, após deixar o braço no rosto de Alex.

Mas foi a senha para que o Criciúma colocasse as costas ainda mais perto do gol de Galatto. Pobre Silvinho, que ficou sendo a única válvula de escape do time mandante e perdeu quase todos os duelos com a zaga colorada.

Diante da muralha catarinense, Abel até tirou um dos volantes para colocar Otávio e sacou Alex dando lugar a Wellington Paulista. Mas à medida que o Inter tinha mais gente na frente, Wagner Lopes colocava mais sentinelas lá trás.

E ainda tinha Galatto para atrapalhar os planos gaúchos. Não teve jeito nem abafa que ameaçasse o Criciúma. O prêmio foi um ponto valioso para quem começou o Brasileiro já tentando fugir do rebaixamento.


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