Em súmula publicada nesta terça-feira no site oficial da CBF, o árbitro do jogo entre Portuguesa e Joinville, Marcos Andre Gomes da Penha, não citou a liminar que fez com que a equipe do Canindé deixasse a partida válida pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, na última sexta.
Ao relatar a saída de campo do clube paulista, o profissional da arbitragem do confronto falou apenas em "recusa em jogar", e não escreveu sobre a decisão judicial que garantia o direito da Portuguesa de disputar a Série A do Nacional.
"Todos os jogadores da Portuguesa de Desportos abandonaram o campo de jogo, indo para os seus respectivos vestiários () No local, fomos recebidos pelo Sr. Marcos Rogério Lico () O referido dirigente informou-lhes que a A. A. Portuguesa de Desportos não regressaria de forma alguma ao campo do jogo", diz o documento.
Na sequência, o árbitro relatou apenas que aguardou 30 minutos e avisou aos atletas do time da casa que a Portuguesa "se recusaria a retornar". Em nenhum momento, há qualquer menção à razão pela qual o clube paulista abandonou a partida.
A liminar não havia sido obtida pela própria Portuguesa, mas pelo torcedor Renato Azevedo. De acordo com a diretoria do clube, o torcedor chegou a ameaçar prestar queixa caso o a decisão fosse desrespeitada e a equipe entrasse em campo.
Carlos Junior/Folhapress | ||
Técnico da Portuguesa, Argel Fucks (esq.) é avisado que a partida foi paralisada |
No sábado, a liminar foi cassada. Agora, o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, afirma que irá denunciar a Portuguesa pelo abandono, o que poderia resultar na exclusão do clube da Série B em 2014.
Ilídio Lico, presidente do clube, afirmou não querer mais polêmicas. Por essa razão, neste momento, ele disse que tudo o que deseja é disputar a Segunda Divisão.
"Se houver uma solução mágica para jogarmos a Série A, estou à disposição", disse. "Outras liminares [decisões judiciais provisórias] não vão adiantar, pois serão derrubadas. Por isso, a saída neste momento é jogar a B."