As semifinais da Liga dos Campeões terão um duelo entre Real Madrid e Barcelona.
O time catalão já deixou a competição, eliminado pelo Atlético de Madri, mas seu estilo de jogo continua vivo.
Em só uma temporada no Bayern de Munique, o técnico Pep Guardiola, mentor dos melhores momentos do Barcelona, conseguiu "barcelonizar" a equipe alemã.
E agora reencontrará Cristiano Ronaldo em busca de sua terceira final europeia, a primeira longe do clube que o lançou para o mundo.
"Gostei. Conheço o Real Madrid muito bem, joguei contra eles várias vezes como jogador e treinador", disse Guardiola, após o sorteio, que definiu os confrontos da próxima fase da competição.
A outra semifinal reunirá o Chelsea e o Atlético de Madri, sensação da temporada.
Apesar de ter herdado um time com estilo de jogo bem definido e atual campeão europeu, Guardiola decidiu transformar o Bayern em uma nova versão do Barcelona.
Pela primeira vez desde que a Uefa passou a disponibilizar a estatística de posse de bola, a liderança no ranking, em 2008, não é do time espanhol, mas dos alemães.
Na atual temporada, o Bayern fica com a bola em 65% do tempo dos seus jogos, contra 63% do Barcelona. Um ano atrás, tinha 54% do controle da posse de bola.
A marca atual já é semelhante à dos melhores dias de Guardiola na Catalunha. Seu recorde foi estabelecido na campanha do título conquistado em 2011: 68%.
A principal ação do treinador foi transformar o lateral direito Philipp Lahm em volante. O time, por vezes, joga sem centroavante de origem, com um meia-atacante na frente, como os catalães fazem com Lionel Messi.
A cópia do modelo Barcelona tem funcionado. O time foi campeão alemão com sete rodadas de antecedência, um recorde no país, está vivo na Copa da Alemanha e só perdeu uma das dez partidas da Liga dos Campeões.
"Guadiola é um dos melhores técnicos do mundo. Eles podem ser favoritos, mas não será fácil jogar contra o Madrid", disse Carlo Ancelotti.
O treinador italiano tem como desafio melhorar o retrospecto ruim do Real nos encontros com Guardiola.
Nos quatro anos em que o Barcelona foi dirigido pelo catalão, a equipe da capital espanhola só conseguiu vencer dois de 15 clássicos.