Folha de S. Paulo


Muricy é bravo, mas ele tem um jeito de cobrar que ajuda muito, diz Pato

O atacante Alexandre Pato precisou de dois jogos para anotar o primeiro gol com a camisa do São Paulo. Ele abriu o placar na vitória sobre o CSA por 3 a 0, na última quarta-feira, no Morumbi, pela Copa do Brasil.

O jogador estava há dez jogos sem fazer gols e disse que a marca já o incomodava.

"Eu me cobro muito para acertar. Estava muito ansioso para jogar bem, fazer um gol. Consegui fazer e ajudar o time a chegar na vitória. Hoje estou mais leve. Fazer gol no Morumbi, com 30 mil pessoas gritando o nome, é especial", disse após o treino desta sexta.

Mas o atacante, que deve ser o titular ao lado de Luis Fabiano no Campeonato Brasileiro, disse que também levou bronca do técnico Muricy Ramalho.

Adriano Vizoni/Folhapress
Alexandre Pato festeja o seu gol, que abriu a vitória do São Paulo sobre o CSA
Alexandre Pato festeja o seu gol, que abriu a vitória do São Paulo sobre o CSA

O treinador exigiu dos atacantes Pato, Osvaldo e Luis Fabiano participação defensiva, marcando a saída de bola do time rival. Mas após o gol de Pato, o São Paulo descuidou da marcação e sofreu pressão.

Somente no segundo tempo retomou o controle do jogo e fez mais dois gols –ambos anotados por Luis Fabiano.

"Muricy é bravo mesmo, cobra muito, mas ele tem um jeito de cobrar que ajuda muito. A bronca foi grande, mas nos ajudou muito. Todos têm obrigação de marcar. Temos de melhorar muito a marcação, todos sabem que o Muricy vem pedindo isso. No Brasileiro o grupo vai estar muito mais qualificado na marcação", disse o jogador.

Sobre a titularidade, ele disse que não se considera dono da posição.

O São Paulo só voltará a jogar no dia 20 de abril, quando recebe o Botafogo, no Morumbi, na estreia do Campeonato Brasileiro.

CORINTHIANS x SÃO PAULO

Como no dia da apresentação no São Paulo, Pato teve de responder algumas perguntas sobre seu ex-clube, o Corinthians. Evitou falar do agora rival e disse que está focado em ser campeão pela equipe tricolor.

Mas foi questionado sobre o que achou do novo grito dos torcedores tricolores, que, além de homenagear Pato, é uma provocação ao Corinthians.

O grito, entoado antes do início do jogo com o CSA, foi "Pato, deixou de ser galinha para jogar no tricolor".

"No aquecimento começaram a gritar o nome de todo mundo, pensei se iriam gritar o meu, achei até que não gritariam. Quando veio a música foi engraçado. Mas deu aquele arrepio quando ouvi o estádio todo gritando, gostei da música".

"Sou jogador do São Paulo, penso nos fãs do São Paulo. Estou muito feliz como me receberam, tanto a torcida como todos aqui. Jogo por eles e pela minha família. Fiquei surpreso quando começaram a cantar meu nome, isso me deixou muito feliz. Corri muito por eles e vou me dedicar cada vez mais para colocar esse sorriso no rosto", acrescentou.

SELEÇÃO

Pato mostrou que está concentrando seus esforços no São Paulo. Mas, a cada boa atuação, aumentam suas esperanças de chegar à seleção brasileira.

Na entrevista, o atacante afirmou que acredita que a convocação para a Copa do Mundo depende do seu desempenho na equipe tricolor.

"Meu sonho sempre foi jogar pela seleção. Vou trabalhar para tentar construir isso até a convocação final."


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