Em 19 anos, os dois times ganharam a Libertadores. O Corinthians foi duas vezes campeão mundial. O Palmeiras perdeu sua única oportunidade de fazer o mesmo.
Em 1995, o clube do Palestra Itália ganhou do rival no Pacaembu pela última vez: 2 a 0, pelo Brasileiro. Depois disso, são 11 jogos de tabu.
Hoje, as equipes se enfrentam, às 16 horas, pelo Campeonato Paulista.
As situações são inversas em relação aos últimos anos. O Corinthians, dono de cinco títulos desde 2011, agora anda mal das pernas.
O Palmeiras, que disputou a Série B do Brasileiro no ano passado, está em ascensão.
Em processo de reformulação, o Corinthians tenta se encontrar sob o comando de Mano Menezes. Tem o retrospecto recente de quatro derrotas e um empate.
O Palmeiras possui, ao lado do Santos, a melhor campanha do Estadual. Está invicto no ano. São seis vitórias e um empate em 2014.
Autor do gol que selou a vitória de 1995, o ex-zagueiro Antônio Carlos Zago acredita que o Palmeiras colhe os frutos do planejamento feito desde o ano passado.
"A manutenção do trabalho dá resultado", resume.
Expulso naquela partida, o ex-meia corintiano Marcelinho Carioca reconhece que sua ex-equipe atravessa momento de oscilações no início da temporada.
"O Palmeiras está bem montado. O Corinthians está em reformulação, vive momento difícil, mas que era necessário para o time. Precisa encarar este clássico como final de Copa", analisa.
O Corinthians tem feito isso nos últimos anos, em jogos contra o Palmeiras. Quando o enfrentou em situações decisivas, teve sucesso.
Foi assim em fevereiro de 2011, quando atravessava crise provocada pela eliminação da Libertadores diante do Tolima, da Colômbia. Derrota no clássico derrubaria Tite do cargo. O Corinthians ganhou.
Naquele mesmo ano, a equipe eliminou o Palmeiras no Campeonato Paulista e conseguiu um empate que resultou no título brasileiro.
Em 2012, Romarinho só entrou em campo na final da Libertadores contra o Boca Juniors, da Argentina, porque havia feito dois gols sobre o Palmeiras três dias antes.
"É um clássico que pode mudar tudo para quem vencer", concorda Renato Augusto, meia do Corinthians.