A torcida cruzeirense, com o apoio de quem não gostou do que ocorreu, reagiu prontamente nas redes sociais aos atos de racismo contra o volante Tinga, anteontem, em jogo no Peru. E, com isso, fez com que o caso ganhasse repercussão nacional.
No início da manhã de ontem, a hashtag #FechadoComOTinga chegou ao topo da lista dos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil. E assim ficou até o final da tarde.
Essa hashtag é uma corruptela da já tradicional #FechadoComOCruzeiro. Ela foi criada pelos torcedores quando o time deslanchou no Brasileiro do ano passado, culminando na conquista do título nacional.
A #FechadoComOTinga fez tanto sucesso que até a presidente Dilma Rousseff usou quando criticou os atos racistas no Peru. Também foi citada, por exemplo, pelo rapper Emicida, pelos ex-jogadores Edmundo e Roberto Carlos e pelo perfil do Minas Arena (consórcio que administra o Mineirão) para defender o volante cruzeirense.
Apesar do clima positivo das mensagens, houve quem incorresse do mesmo erro dos peruanos ao falar do assunto. "Eu só falava pra eles 'vocês são peruanos, país pobre, sem sucesso em nenhum esporte, e com gente feia'", disse, por exemplo, um tuiteiro.
| Luka Gonzales/AFP |
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| Tinga (dir.), do Cruzeiro, disputa bola com Ramon Rodriguez, do Real Garcilaso |