Folha de S. Paulo


Ativistas gays são presos na Rússia

A polícia russa prendeu nesta sexta-feira ativistas gays que protestavam em São Petersburgo e Moscou no dia da abertura dos Jogos de Inverno de Sochi.

Em Moscou, a polícia rapidamente deteve dez ativistas que agitavam bandeiras gay na praça Vermelha. A polícia da capital russa se recusou a comentar.

Quatro manifestantes foram alvo de policiais, em São Petersburgo, após desfraldarem uma bandeira citando a proibição na Carta Olímpica de qualquer forma de discriminação.

Os ativistas foram rapidamente cercados pela polícia, de acordo com Natalia Tsymbalova, uma partidária local do movimento LGBT.

A polícia local também se recusou a fazer comentários.

A legislação russa proíbe a chamada propaganda homossexual a menores e provocou uma forte reação internacional. Ativistas propunham inclusive o boicote aos Jogos de Sochi.

A lei do país também proíbe protestos não sancionados. Manifestantes nessas condições podem receber multas ou penas de prisão.

A Human Rights First, entidade de direitos humanos com sede em Nova York e Washington, rapidamente condenou as prisões dos ativistas russos.

"O mais alarmante é que, apesar da atenção internacional, as autoridades estão aplicando sanções mais duras e em maior escala", afirmou o porta-voz da Human Rights First.

A All Out, grupo internacional que organizou eventos em 20 cidades para pressionar os patrocinadores olímpicos a condenar a lei antigay russa, também criticou fortemente a detenção dos manifestantes.

"Este movimento escandaloso contradiz diretamente a garantia do COI de que as leis russas estão em consonância com a Carta Olímpica ", afirmou Andre Banks, diretor-executivo do All Out.


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