Ao negociar o empréstimo de Alexandre Pato por dois anos, o São Paulo ficou sabendo que o salário do jogador é de R$ 800 mil mensais. Concordou pagar metade do valor. O resto continuará sendo desembolsado pelo Corinthians.
A Folha apurou que o São Paulo está encarregado dos R$ 400 mil determinados na carteira de trabalho do atleta. Isso significa que o clube terá também de arcar com os 27,5% de Imposto de Renda. Serão mais R$ 110 mil por mês. O Corinthians fica com os R$ 400 mil do contrato de direito de imagem.
Ao se transferir por dois anos para o Parque São Jorge, Jadson mantém os vencimentos de R$ 350 mil que tinha no Morumbi.
Pelo acordo firmado, o São Paulo não pode escalar Pato em jogos contra o Corinthians. A não ser que pague R$ 1 milhão cada vez que isso acontecer. Este é o valor da multa estipulado no contrato assinado pelos dois presidentes.
"Já que se trata de um empréstimo, estipulamos esta multa a ser paga pelo São Paulo. E o Corinthians ainda teria o direito de rescindir o acordo", diz o diretor de futebol do alvinegro, Ronaldo Ximenes.
O atacante pode ser escalado por Muricy Ramalho apenas na Copa do Brasil. Já ultrapassou o limite de partidas no estadual. A estreia pode ser em 12 de março, contra o CSA.
Jadson estará à disposição de Mano Menezes assim que assinar o acordo.
Ficou acertado que o Corinthians tem o direito de vender Pato durante os dois anos de empréstimo. Isso poderia acontecer apenas nas janelas de transferências europeias [julho, agosto ou janeiro].
A proposta teria de ser superior a 1 15 milhões [cerca de R$ 49 milhões]. O São Paulo ficaria com 10% do que ultrapassasse este valor. Se a oferta for inferior a isso, é necessário acordo entre os dois times pela liberação.
"Se tudo der certo, o Pato deverá ser apresentado na próxima semana", disse o vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.