Folha de S. Paulo


Em final inédita, seleção feminina de handebol tenta ratificar novo status

A seleção feminina entra em quadra para comprovar sua condição de mais nova potência do cenário mundial.

Uma vitória contra a anfitriã, Sérvia, na final do Mundial, às 14h15 (de Brasília) de hoje, em Belgrado, alçará a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak a um patamar que pouco tempo atrás seria impensável.

O Brasil é dominante em competições continentais, como prova o tetracampeonato consecutivo nos Jogos Pan-Americanos –venceu em 1999, 2003, 2007 e 2011.

Mas jamais havia obtido um pódio de relevo internacional no naipe feminino.

A vitória sobre a Dinamarca, terra natal do técnico Soubak, na sexta-feira, garantiu ao menos a prata. E levou as brasileiras a um choro coletivo após o triunfo por 27 a 21.

A reação emotiva era uma mistura de orgulho e desabafo. Em dois grandes torneios antes do sucesso na Sérvia, a seleção bateu na trave. Sempre com derrotas doloridas.

Em 2011, no Mundial realizado em São Paulo, venceu os seis primeiros jogos, mas parou nas quartas de final perante a Espanha: 27 a 26.

O quinto lugar no campeonato teve sabor amargo, mesmo sendo o melhor resultado na história dos mundiais.

Nem um ano depois, o Brasil encarou outra frustração.

Após liderar seu grupo na primeira fase nos Jogos Olímpicos de Londres, perdeu nas oitavas de final para a Noruega, que se sagraria campeã.

A sensação é que 2013 chegou para corrigir todas essas "injustiças". Em janeiro, a ponta Alexandra Nascimento foi eleita, simplesmente, a melhor jogadora do mundo.

A premiação é conferida pela federação internacional.

A equipe nacional embalou com a ascensão de sua maior estrela. Conquistou três títulos na temporada –o Sul-Americano, o Pan-Americano e a Provident Cup, torneio que também reuniu Hungria, Croácia e Noruega.

No maior teste, o Mundial da Sérvia, a seleção manteve o nível. É a única invicta no torneio, com oito vitórias.

Até a adversária da final também já foi batida, por 25 a 23, na fase de classificação.

"Mas sabemos que o jogo em Nis [na primeira fase] não foi nada em comparação com o deste domingo [hoje]", disse Soubak, após a semifinal.

Qualquer seja o resultado, o técnico celebrou o fato de o handebol estar na moda.

"Para nós, já era uma grande coisa estar na semifinal e ainda mais na final. Esse é um grande passo para o handebol brasileiro", completou o dinamarquês, que mora no Brasil desde 2005 e dirige a seleção há quatro anos.

NA TV
Brasil x Sérvia
14h15
Esporte Interativo
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