Folha de S. Paulo


Torcida da Portuguesa protesta na Paulista e promete até parar a Copa do Mundo

A avenida Paulista, antigo palco de comemoração de títulos dos times paulistas, recebeu neste sábado, pela primeira vez, a Portuguesa. Não para festejar. Para reclamar.

Cerca de 250 pessoas se reuniram no Masp (Museu de Arte de São Paulo) para protestar contra o possível rebaixamento da equipe no Brasileiro. Julgamento a ser realizado na segunda-feira, na sede do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), pode tirar quatro pontos do clube do Canindé, que seria obrigado a disputar a Série B em 2014. Com isso, o Fluminense permaneceria na Série A.

A manifestação saiu em passeata até a rua da Consolação. A polícia permitiu que os torcedores ocupassem duas faixas de uma das pistas. Vários motoristas, apesar do transtorno causado no trânsito na região, gritavam "Lusa" em sinal de apoio, quando passavam pelos manifestantes.

Além de torcedores da Portuguesa, também era possível ver algumas pessoas com camisas de outros clubes paulistas, como Juventus, Santos, Corinthians e São Paulo.

Usando narizes de palhaços, o protesto teve diversidade. Adultos, crianças, senhores de idade, mulheres e um anão gritaram contra o STJD, seu procurador-geral (Paulo Schmitt) e a CBF.

A torcida da Portuguesa prometeu até atrapalhar a realização do Mundial em 2014: "Se o tapetão rolar, a Copa vai parar", juraram.

Quando os torcedores resolveram fazer o caminho inverso para voltar ao Masp, por volta das 16h30, o movimento começou a se dispersar. Mesmo assim, os organizadores insistiram em caminhar até a avenida Brigadeiro Luiz Antônio, na outra ponta da avenida Paulista.

"Vamos lá. No final, vai ter bolinho de bacalhau para todo mundo", tentou incentivar um torcedor que liderava o protesto. Não teve muito sucesso.


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