Folha de S. Paulo


Ameaça de boicote das padarias pró-Lusa não é nova no futebol

Ameaças de associações que defendem as padarias não são novas no mundo do futebol.

Nos últimos 20 anos, toda vez (ou quase todas) que a Lusa vira o centro das atenções, as organizações que defendem as panificadoras aparecem.

Em 1998, uma delas chegou a dizer que não receberia mais pagamentos na forma do cartão VR (vale-refeição) depois de ver a Portuguesa ser prejudicada pela arbitragem do argentino Javier Castrilli no confronto contra o Corinthians pela semifinal do Paulista. Na ocasião, a empresa era patrocinadora do campeonato estadual.

Alex Ribeiro - 26.abr.98/Folhapress
Jogadores da Portuguesa reclama com o árbitro argentino Javier Castrilli durante jogo contra o Corinthians
Jogadores da Portuguesa reclama com o árbitro argentino Javier Castrilli durante jogo contra o Corinthians

Três anos antes, a coletividade portuguesa exigiu uma punição ao zagueiro Tonhão, do Palmeiras. E novamente um sindicato dos panificadores propôs um boicote aos produtos da Parmalat.

Na ocasião, o jogador pisou, cuspiu e limpou as chuteiras na camisa da Portuguesa após o jogo entre as duas equipes, no Parque Antarctica, pelo Paulista.

Tonhão disse, na ocasião, que seu gesto foi uma resposta à torcida da Lusa que, segundo ele, apedrejou seu carro no estacionamento do estádio do Canindé no jogo do primeiro turno.

O zagueiro chegou a pedir desculpas publicamente, mas apenas uma punição dada pelo Palmeiras acalmou os ânimos dos donos das padarias.

Este ano, um sindicato também ameaça um novo boicote, agora aos patrocinadores do Brasileiro caso a Lusa perca os pontos no caso Héverton.


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