Folha de S. Paulo


'Resgate' de camisas foi estopim da briga, diz segurança de estádio de SC

O "resgate" de três camisas foi o estopim da briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, disse nesta segunda-feira o dono de uma das empresas contratadas para fazer a segurança da Arena Joinville.

Arilson Alves, da Mazari Vigilância, estava entre as duas torcidas. Ele disse ter visto torcedores do time paranaense rumando contra os rivais para recuperar as três camisas. A briga foi no domingo (8), em Joinville (a 170 km de Florianópolis).

"O pessoal do Vasco pegou as camisas do lado de fora do estádio. Na hora do jogo, mostraram elas como um troféu e a briga começou", afirmou.

Alves não soube precisar com quantos seguranças estava na arquibancada. Estimou em "15 ou 20", entre os 60 que levou à Arena.

Segundo ele, o Atlético-PR contratou esse contingente para "as revistas" e para "o cordão de isolamento" na arquibancada, já que a Polícia Militar se concentrou no policiamento da área externa.

"Se tivesse uma grade forte, talvez não tivesse acontecido [a briga]. Mas só tinha uma gradezinha e uma corda", completou Alves.

O árbitro da partida, Ricardo Marques Ribeiro, relatou na súmula que não foi possível identificar a torcida que iniciou a briga porque "toda a equipe de arbitragem estava concentrada no jogo".

NOTA CONJUNTA

Em nota conjunta divulgada no início da noite desta segunda, Ministério Público e Polícia Militar declararam que "os atos de violência se deram na área sob responsabilidade da segurança privada, haja vista que a divisão das torcidas não se deu a contento".

As duas instituições, que divergiram durante o dia sobre a ação para regular o policiamento na Arena que tramita na Justiça, informaram que "o caso ocorrido em Joinville será objeto de análise detalhada" para "fazer cumprir a legislação vigente no que se refere à garantia dos direitos dos torcedores e demais cidadãos".

Para a Promotoria, a ação está só em debate. A PM disse ter entendido que já deveria segui-la porque foi avisada sobre ela por correspondência. A Justiça informou que ainda não a julgou. Na prática, portanto, ela não tem validade.

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