O consórcio que administra o Maracanã culpou a torcida pelo tumulto na entrada da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-PR, na noite desta quarta-feira.
Em nota divulgada na madrugada desta quinta-feira, a empresa acusou "um grupo de torcedores" de invadir o acesso E para entrar no estádio sem ingressos.
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A Folha presenciou o momento do tumulto, por volta das 21h20. O empurra-empurra começou quando as novas catracas eletrônicas pararam de funcionar, barrando a entrada de torcedores que tinham comprado ingressos.
Parte do público começou a se espremer contra as grades, e funcionários do estádio decidiram abrir os portões de ferro, liberando a entrada.
A cena foi assistida por PMs do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), que levaram ao menos cinco minutos para intervir.
Bernardo Mello Franco/Folhapress | ||
Torcedores entram no Maracanã pelo acesso E com portões abertos antes da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-PR |
Procurado pela reportagem por telefone e e-mail, o consórcio não informou o motivo da paralisação das catracas e quantas pessoas teriam entrado sem mostrar seus ingressos.
O Maracanã foi reaberto há sete meses depois de uma reforma com custo estimado em R$ 1,2 bilhão. Os acessos foram totalmente remodelados, com a substituição de todas as catracas.
Apesar dos investimentos, o público tem enfrentado grandes filas em jogos mais concorridos. Nesta quarta, a espera para entrar chegava a meia hora para o setor norte.
Os ingressos mais baratos para a final foram vendidos a R$ 250 para quem não é sócio-torcedor do Flamengo e não tem direito à meia-entrada.
O Consórcio Maracanã venceu uma licitação em maio para administrar o estádio. O grupo reúne as construtoras Odebrecht e AEG e a empresa de eventos IMX, de Eike Batista.
Leia a íntegra da nota do consórcio:
Um grupo de torcedores invadiu o acesso E destinado à torcida do Flamengo por volta das 21h30, nesta quarta-feira, momentos antes da partida final da Copa do Brasil diante do Atlético-PR, no Maracanã. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) e a Polícia Militar prontamente foram acionados para controlar a situação.
Após outras tentativas de invasões, em outros acessos, por determinação do GEPE, os portões do estádio foram fechados aos 38 minutos do primeiro tempo por questões de segurança.