Folha de S. Paulo


Marin desafia clubes por convocações e evita falar da greve do Bom Senso

O presidente da CBF, José Maria Marin, esteve na tarde desta quinta-feira em São Paulo apresentando o 14° patrocínio da entidade, com uma escola de inglês.

No evento ele voltou a falar que não há plano B para o Itaquerão abrir a Copa do Mundo, mas também atacou clubes que reclamam de jogadores que são convocados para a seleção em período da disputa de torneios nacionais ou internacionais.

E fez um desafio. "O clube que não quiser mais jogadores convocados, que me envie uma carta, assinada pelo presidente, que a seleção brasileira nunca mais convocará esse jogador", disse Marin.

Ele afirmou que atuar pela seleção brasileira valoriza os jogadores e citou o meia Bernard, vendido pelo Atlético-MG ao Shakthar Donetsk, da Ucrânia, por R$ 40 milhões.

"Quanto foi o valor da venda? R$ 40 milhões? Não valorizou?", questionou Marin.

O tema convocação para a seleção e não participação em jogos pelos clubes é um dos temas abordados pelo movimento de jogadores Bom Senso F. C., que pede mudanças no futebol brasileiro e, entre essas alterações, não aceita partidas de campeonatos organizados pela CBF em datas Fifa, quando há partida das seleções.

Na apresentação do patrocínio, Marin mandou recados indiretos ao Bom Senso ao falar do acordo de patrocínio.

"É mais um parceiro que traz dinheiro para a CBF fomentar o futebol. Com esse dinheiro, patrocinamos os clubes nas Série C e D, clubes que não jogariam competições e que dão emprego a jogadores", disse Marin.

O presidente argumentou que a questão de punir clubes por não pagar salário é delicado porque envolve um empregador e um empregado, que tem regras estabelecidas pelas leis trabalhistas.

"A CBF organiza o futebol brasileiro, mas não podemos ter ingerência nos clubes. A questão de pagamento é [entre] clube e jogador", disse.

A CBF, segundo Marin, não tem expectativa de que os atletas do Bom Senso façam greve na última rodada do Brasileiro.

"Temos que esperar para ver. A tabela está marcada, vai haver jogos".

ITAQUERÃO

O presidente José Maria Marin voltou a dizer que não tem dúvidas de que o estádio do Corinthians receberá a abertura da Copa-2014.

"A empresa [Odebrecht] é séria, todos conhecem. Tenho certeza que o estádio estará entregue para os jogos. Não há dúvida", disse o presidente.


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