Folha de S. Paulo


Com histórico de sucesso no Brasil, McLaren quer evitar temporada sem pódio

Segunda equipe mais vitoriosa da F-1, a McLaren tem um histórico de sucesso no GP Brasil. Das 30 corridas realizadas no país, ela triunfou em 12.

O último título da escuderia também saiu no Brasil, com Lewis Hamilton, em 2008.

Mas, neste ano, Interlagos deve causar um abalo na relação. Se Jenson Button e Sergio Perez não ficarem entre os três primeiros neste domingo, a McLaren fechará uma temporada sem pódio após 33 anos.

A última vez havia sido em 1980, quando os pilotos eram John Watson e Alain Prost.

A situação é semelhante agora. O desempenho da equipe despencou em um ano. Em 2012, quando tinha Lewis Hamilton, ficou em terceiro lugar, com um total de 378 pontos.

Nesta temporada, depois de 18 etapas disputadas, soma só 95 e está na quinta colocação.

Button e Perez tiveram como melhores posições quintos lugares nos GPs da Índia e da China, respectivamente.

Desde 1966, quando de sua criação, ela também nunca fechou um campeonato sem ao menos um quarto lugar.

O prenúncio de um novo fracasso já foi dado neste sábado, quando seus pilotos nem passaram da primeira etapa da classificação. Button foi 15º e Perez, 14º.

A crise já fez a primeira "vítima": o mexicano Perez, que foi informado de que não ficará para o próximo ano, embora tenha sido melhor do que o colega inglês no confronto direto nas classificações -largou à frente de Button dez vezes.

Em seu lugar entrará o dinamarquês Kevin Magnussen, 21, que faz parte do programa de jovens talentos da McLaren.

Foi exatamente deste programa que saiu Hamilton, último campeão mundial pela equipe, hoje na Mercedes.

Será uma tentativa urgente de um dos times mais tradicionais da F-1. A McLaren tem 182 vitórias na categoria, 12 troféus do Mundial de Pilotos e 8 do de Construtores -em seus cockpits já se sentaram Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Alain Prost, entre outros.

Mas pagou o preço por sua ousadia. No começo do ano, resolveu criar um carro revolucionário, totalmente diferente do de 2012, enquanto as concorrentes foram mais conservadoras e apostaram em manter os modelos passados.

Nem mesmo o novo regulamento, que entre outras novidades imporá a troca dos motores v8 pelos v6 turbo, anima os integrantes da equipe.

"As mudanças às vezes parecem boas, e às vezes não. Vai depender muito dos testes que ocorrerão", disse Button, que foi campeão mundial em 2009, pela Brawn.

"Já trabalhamos algumas coisas para o próximo ano, mas ainda há muito trabalho pela frente", disse o inglês.


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