Folha de S. Paulo


Times do Paraguai copiam Bom Senso em protesto contra atraso de salários

Nacional e Deportivo Capiatá repetiram, em duelo neste sábado, pelo Campeonato Paraguaio, o protesto que o Bom Senso organizou nesta semana em jogos do Brasileiro.

Os jogadores das duas equipes passaram os primeiros 30 segundos de partida tocando a bola de um lado para o outro. A manifestação ocorreu em apoio aos atletas do Cerro Porteño de Presidente Franco, que não recebem salários há vários meses.

Na rodada anterior, o Capiatá havia vencido por 3 a 1 o próprio Cerro --que tem o mesmo nome do tradicional clube da capital.

Quinta-feira, jogadores de oito times paulistas de basquete protestaram de maneira semelhante por causa da desorganização no calendário dos campeonatos nacional e paulista.

BRAÇOS CRUZADOS

Os dez jogos da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, quarta e quinta-feira passadas, começaram com uma mobilização de jogadores em torno das reivindicações do Bom Senso F.C.

Além de entrarem em campo com faixas do movimento, os atletas cruzaram os braços e ficaram imóveis na hora do apito inicial, durante poucos segundos. Em algumas partidas, a bola ficou parada após autorização do árbitro para a ação começar. Em outras, os times trocaram passes de um campo de defesa para o outro, desinteressados em jogar.

Confrontos da Série B, nesta sexta e neste sábado, também deram continuidade ao protesto.

Reprodução/Facebook/BomSensoFC14
Em protesto, jogadores de Vasco e Grêmio permanecem imóveis, de braços cruzados, apesar do início do jogo
Em protesto, jogadores de Vasco e Grêmio permanecem imóveis, de braços cruzados, apesar do início do jogo

Essa foi a segunda e a mais forte manifestação dos jogadores dentro de campo --a primeira aconteceu na 30ª rodada, em meados de outubro, com um abraço coletivo de jogadores da Série A.

Os atletas pleiteiam que a CBF reduza o número de jogos da temporada.

O Bom Senso entende que não está sendo bem compreendido pela entidade e, por isso, decidiu realizar um protesto mais forte. Quinta-feira, informou que tomará medidas drásticas se novas manifestações que planejam realizar forem censuradas pela CBF.

O presidente da confederação, José Maria Marin, disse que a entidade "está com as portas abertas" aos jogadores e preferiu não polemizar sobre as manifestações.

Com Lancepress

Reprodução-7.out.br/Facebook/Bom Senso F.C.
Jogadores do Bom Senso em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin
Jogadores do Bom Senso em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin, em outubro

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