Folha de S. Paulo


Williams aposta em experiência e novo regulamento para ressurgir

Desde que a Ferrari anunciou sua dispensa, Felipe Massa sempre fez questão de frisar duas coisas: que não pagaria por uma vaga para permanecer na F-1 e que só continuaria na categoria numa equipe com chances de lutar por vitórias.

Na segunda-feira, após dois meses de especulações sobre seu destino no ano que vem, o brasileiro foi anunciado pela Williams num contrato de longa duração --o time não divulga o término do acordo, mas especula-se que seja até o fim de 2015.

Massa não levará dinheiro para a equipe, apesar de sua chegada poder despertar o interesse de alguns patrocinadores nacionais. Além disso, o Brasil é um mercado bastante interessante para as equipes da F-1.

Quanto às vitórias, ainda é cedo para previsões. Apesar de não vencer uma corrida desde o GP da Espanha do ano passado, quando encerrou um jejum de oito anos sem colocar um piloto no topo do pódio, a equipe inglesa é a terceira mais vitoriosa da categoria, com 114 triunfos. Está atrás apenas de Ferrari (221) e McLaren (182).

O fato de o campeonato do ano que vem ter uma grande mudança no regulamento técnico pode ajudar no "ressurgimento" que a Williams busca.

Um dos principais componentes para isso é o fato de a equipe ter assinado com a Mercedes como fornecedora de motores a partir de 2014, no lugar da Renault.

Apesar de os propulsores que serão usados no ano que vem (v6 turbo de 1,6 litro) ainda não terem sido testados uns contra os outros, os da Mercedes já são apontados como os favoritos para a próxima temporada.

Outro fator que pode ajudar a equipe é a experiência. Além da chegada de Massa, a Williams deve acertar também a contratação de Rob Smedley, atual engenheiro do brasileiro na Ferrari e que possui longa carreira na escuderia italiana.

Outro que pode fazer diferença é Pat Symonds, ex-Benetton nos tempos de Michael Schumacher e depois no período de Fernando Alonso, quando a equipe passou a se chamar Renault, que se juntou à Williams depois de uma passagem como consultor da Marussia.

Como só chegou ao time para ser diretor técnico na metade deste ano, os resultados de seu trabalho devem começar a ser vistos a partir do Mundial de 2014.


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