Folha de S. Paulo


COB unifica sistema de fiscalização de entidades

Na esteira de iniciativas por mais transparência e organização no esporte nacional, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) desenvolveu um sistema integrado para fiscalizar a gestão de suas confederações a partir de 2014.

Pelo novo modelo, que será unificado, todas as entidades passarão a prestar contas, detalhar projetos e definir metas pela internet, via banco de dados com acesso restrito --o que é comumente chamado de extranet.

Ou seja, para terem à disposição os recursos públicos da Lei Piva, elas agora precisarão apresentar detalhadamente os projetos na plataforma --cujo nome oficial é Sistema Integrado de Gestão Esportiva e Financeira.

"O COB, que hoje tem uma estrutura inteiramente profissional, procura dar todo suporte para que as confederações sigam no mesmo caminho", disse à Folha o comitê, por meio de nota.

Até então, cada confederação apresentava os resultados de sua administração ao COB separadamente, e a comprovação de gastos, baseada em modelo aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), era feita por planilhas.

"Tendo em vista os Jogos do Rio, há maior pressão por prestação de contas e transparência, até sobre o COB", disse Georgios Hatzidakis, dirigente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

Representantes de todas as confederações estiveram na sede do comitê, no Rio, para receberem instruções. "Há uma demanda para que as confederações sejam o mais transparente possível nesse ciclo", concluiu Hatzidakis.

E isso nem sempre tem acontecido. Sob pressão, o governo federal tem disparado críticas a entidades e tomado decisões inéditas.

Em outubro, o Ministério do Esporte ameaçou cortar o repasse de verba pública à CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) devido a vários problemas de gestão, como falta de pagamento de taxa à federação internacional.

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) assumiu que possui dívidas milionárias com um banco e com um patrocinador (Eletrobras).

Ainda em outubro, a presidente Dilma Rousseff sancionou medida provisória que limitou, para no máximo oito anos, mandatos de cartolas.


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