Folha de S. Paulo


Fabrício Werdum entra na mira de algoz de Cigano para lutar no México

Depois de vencer o brasileiro Junior Cigano, no terceiro duelo entre os dois na madrugada de domingo, em Houston, para manter o título dos pesados do UFC, o americano de origem mexicana Cain Velasquez deve pegar outro brasileiro, Fabrício Werdum, possivelmente no México.

Velasquez derrotou Cigano por nocaute no quinto e último assalto, no Toyota Center, após impor um intenso castigo durante todo o combate. O americano venceu dois dos encontros e Cigano, um.

Logo após o duelo, o presidente do UFC, Dana White, reiterou que o próximo desafiante de Velasquez "deve" ser Werdum, que estava em Houston para comentar a luta para um canal de TV.

O próprio Werdum comentou o encontro de luvas calçadas, tal sua certeza de que será o próximo desafiante.

"Vou focar para ser o novo campeão. O jogo do Cain é perfeito para mim", postou Werdum por meio do Twitter.

Nem bem deixou o octógono, Velasquez falou um pouco sobre seu provável próximo adversário.

"Respeito o Werdum, tem um bom jiu-jitsu [luta de solo] e sabe lutar bem em pé [desferindo socos do boxe]", definiu Velasquez, sobre o brasileiro que está invicto no UFC com três vitórias.

"Essa foi minha terceira luta [com Cigano]. Pode ser que voltemos a lutar em cinco anos, mas por hora chega", argumentou o americano.

O UFC organizará seu primeiro show no México ano que vem. Segundo uma pessoa ligada ao UFC, agora que Velasquez manteve o título, a lógica é que essa promoção gire em torno dele.

Velasquez definiu a luta no México, país do qual seus pais imigraram, como "um sonho".

O mês de abril já foi mencionado e a arena Cidade do México, com capacidade para mais de 22 mil pessoas, é o palco mais provável.

Após o combate, o presidente do UFC, Dana White, mostrou preocupação com o futuro de Cigano, que não chegou sequer a participar da entrevista coletiva por conta dos ferimentos sofridos.

"Ele é um jovem lutador, mas sofreu duas derrotas nas quais sofreu surras violentas", disse, referindo-se à luta de ontem e no segundo encontro com Velasquez.

"Alguém deveria ter parado a luta", concluiu Dana.

O jornalista EDUARDO OHATA viajou a convite da Zuffa, proprietária do UFC


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