Folha de S. Paulo


Equipe do São Caetano diz que ficou presa no vestiário antes de jogo

A luta contra a queda para a Série C do Brasileiro ganhou um tempero, ou melhor, um cadeado a mais.

Na terça-feira (15) à noite, o São Caetano diz que ficou preso dentro do próprio vestiário pouco antes da derrota por 2 a 0 para o ABC, no estádio Frasqueirão, em Natal.

Cerca de 15 minutos antes do início da partida, a equipe paulista se preparava para fazer o aquecimento no gramado quando notou que o portão que dá acesso ao campo estava fechado.

"O que aconteceu é que eles deixaram o portão fechado e não deram acesso ao campo", disse Marcos Galeano, gerente de futebol do clube paulista.

Segundo o dirigente, foi o ABC que manteve o local trancado. "É uma coisa ridícula, não é digno de futebol profissional", disse. Galeano reclama ainda que não há espaço para fazer o aquecimento dentro do vestiário.

O ABC alega que apenas obedece a regra da CBF e só autoriza a entrada do adversário no gramado dez minutos antes do início da partida.

De acordo com Wilson Cardoso, diretor do ABC, é prática do clube trancar o vestiário dos visitantes por questões de segurança. Dessa vez, porém, diz que quando os funcionários abriram o cadeado, notaram um segundo cadeado do lado de dentro, onde estavam os visitantes.

"Não quero acusar o São Caetano de ter colocado o cadeado, mas com certeza não foi o ABC", disse Cardoso.

O problema só foi resolvido quando um funcionário usou uma serra para cortar o cadeado. Ninguém sabia onde poderia estar a chave.

O caso foi relatado na súmula pelo árbitro e aponta o clube paulista como o responsável pelo cadeado.

A procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) disse que vai analisar o caso e decidir se fará alguma denúncia.

Além do São Caetano, o Boa também reclamou de ter um cadeado no portão, em 28 de setembro, contra o ABC.

O São Caetano, do técnico Pintado, é o penúltimo colocado da Série B com 19 pontos. O ABC é o 16º, com 35.


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