Folha de S. Paulo


Mundiais são importantes, mas eu me satisfaço mais com as vitórias, diz Vettel

O roteiro foi diferente desta vez, mas o resultado final foi o mesmo. E, pela quinta corrida seguida, Sebastian Vettel terminou o domingo no lugar mais alto do pódio.

A vitória desta vez foi em seu circuito preferido, Suzuka, e, se antes do GP do Japão a dúvida não era mais se, mas apenas quando o alemão conquistaria o seu quarto título, agora ele já parece ter data e lugar para acontecer: o GP da Índia, no próximo dia 27.

Isso porque com o 9º triunfo na temporada e o quarto lugar conquistado por Fernando Alonso, o vice-líder do campeonato, o alemão abriu 90 pontos de vantagem sobre o ferrarista. Faltando quatro etapas para o final do campeonato, uma quinta posição em Greater Noida já basta para Vettel, 26, ser campeão.

Sua folga é tão grande que mesmo que não marque pontos, Alonso tem de ser primeiro ou segundo colocado para levar a decisão a Abu Dhabi.

"Claro que vencer não me prejudica na disputa pelo título, mas não estou pensando nisso agora. Quero aproveitar este momento e festejar esta vitória que significa muito para mim", afirmou o piloto da Red Bull, vencedor de quatro das últimas cinco edições do GP do Japão.

"Mundiais são importantes, mas eu me satisfaço mais com as vitórias. Ainda fico nervoso ao acordar aos domingos e o que amo fazer é correr. Gosto de troféus então não me importo de colecionar mais alguns", completou o dono de 35 vitórias na F-1.

Se nas últimas corridas Vettel tinha repetido o mesmo script para vencer --largar na frente, abrir vantagem e administrar a prova até a bandeirada final--, no domingo o tricampeão teve mais trabalho.

Em segundo no grid, largou mal e viu Romain Grosjean, da Lotus, que partira em quarto, assumir a liderança e seu companheiro de Red Bull, Mark Webber, que saiu na pole, ficar à sua frente.

As posições ficaram as mesmas após a primeira rodada de pits. Com uma estratégia de duas paradas, como Grosjean, Vettel retardou ao máximo sua segunda parada.

Com Webber numa tática de três pits e na ponta àquela altura, partiu então à caça do piloto da Lotus. Na 40ª volta, tomou o segundo lugar do francês e aí só teve de esperar o companheiro de time ir aos boxes pela última vez para assumir a ponta.

"Meu segredo foi adotar a estratégia correta e não perder a paciência para poder colher a recompensa no final".


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