O atacante Lionel Messi, do Barcelona, e seu pai, Jorge Horacio Messi, compareceram ao Tribunal de Gavá na Catalunha nesta sexta-feira para prestarem depoimentos no caso de suposta fraude fiscal.
Cristóbal Martell, advogado dos indiciados, declarou em frente ao local que a vontade do jogador argentino e de sua família é de colaborar com a justiça espanhola e não entrar em discussão com o Estado sobre a interpretação das normas fiscais.
Messi depôs esta manhã como indiciado em um caso de suposta fraude fiscal de aproximadamente 4,1 milhões de euros (mais de 12 milhões de reais), correspondentes aos exercícios de 2007, 2008 e 2009.
| Josep Lago/AFP | ||
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| Messi, em traje de gala, deixa o Tribunal de Gavá nesta sexta observado por torcedores e pela imprensa local |
O atacante do Barça, com traje de gala, foi acompanhado de perto pela imprensa espanhola e também por torcedores. Os fãs do argentino entoaram gritos de "Messi, campeão! Messi, presidente", "O melhor do mundo", "Viva Messi", segundo informações do jornal "Marca".
Pouco antes do depoimento do jogador, que deixou o tribunal citado sem fazer declarações à imprensa, o pai dele, Jorge Horacio Messi, insistiu aos jornalistas que "a instrução da família Messi é a de total transparência, clareza e colaboração".
"Os interrogatórios se desenvolveram com idêntica vocação de transparência e ficou evidente uma grande vontade de regularizar essa situação com a agência tributária", afirmou o advogado, que ressaltou que "não há vontade de fazer uma luta inflamada de discussão com o Estado em torno da interpretação das normas fiscais".
Messi chegou ao Tribunal de Gavá pouco antes das 11h locais (6h em Brasília) e, após uma hora e meia no interior do edifício judicial, ele deixou o local com o mesmo sorriso que mostrava em sua chegada e cumprimentando os curiosos que se concentraram nos arredores.
Apesar da simpatia demonstrada, o atacante do Barça não parou para atender os torcedores e jornalistas presentes.
O Ministério Fiscal reivindicou o valor citado anteriormente por três delitos fiscais correspondentes aos exercícios de 2007, 2008 e 2009, nos quais Messi supostamente burlou a tributação das receitas derivadas da cessão dos direitos de imagem a terceiros.
Ao tomar conhecimento das acusações, o pai do jogador assumiu a culpa, junto a seu ex-sócio Rodolfo Schinocco, e depositou o dinheiro exigido pela justiça, apesar de não ter conseguido evitar o interrogatório do jogador perante o juiz.