Muricy Ramalho ainda não se convenceu da aposentadoria de Rogério Ceni no final do ano. "Sou meio São Tomé, eu só acredito quando acontecer. Futebol é complicado. Para a gente conseguir se afastar dele, não é brincadeira não", disse o treinador em entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda.
Após a vitória sobre o Atlético-MG, na 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, o goleiro afirmou que resultado nenhum mudaria seu destino no final do ano, embora tenha feito mistério sobre quais seriam, realmente, seus planos. Antes, Rogério Ceni já havia sinalizado que pretendia encerrar a carreira ao término da temporada.
"Rogério é um cara que ama isso aqui, ama o que faz. Não sei o que vai acontecer no dia em que ele acordar e não tiver que vir para o CT. Acho que o carro dele virá sozinho para cá."
"Ele é um grande profissional, de grande caráter, e isso ajuda os jogadores jovens do São Paulo. Os bons exemplos são importantes para o futebol. Quando alguém como o Rogério decide parar, faz falta. Precisamos esperar ele esfriar a cabeça para conversar depois. Somos muito amigos, mas ainda não tivemos tempo de conversar desde que voltei para o São Paulo", completou o treinador.
Durante boa parte da entrevista desta sexta-feira, Muricy relembrou a influência que alguns técnicos como Telê Santana e Carlos Alberto Parreira tiveram em sua carreira. Perguntado se faria esse mesmo papel caso Rogério decidisse seguir o caminho de treinador, o atual comandante tricolor respondeu já dando seus primeiros conselhos.
"Ser treinador não é fácil. Às vezes o cara acha que está preparado, mas é uma carga muito grande ser responsável pela tristeza ou alegria de milhões de torcedores. Se o Rogério decidir ser treinador, ele não vai ter pressa. Com certeza irá se preparar muito bem. Se ele tiver paciência de me aguentar um pouco, está tudo certo", brincou Muricy.
| Leonardo Soares - 10.set.13/Folhapress | ||
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| Muricy Ramalho e Rogério Ceni durante treino do São Paulo, na Barra Funda |