Arthur Zanetti, campeão olímpico nas argolas em Londres-2012, terá uma carta na manga para buscar sua primeira medalha de ouro em Mundiais de ginástica artística.
Aos 23 anos, ele quer incluir em sua série um novo elemento, executado pela primeira vez por ele e que ainda aguarda homologação da FIG (Federação Internacional de Ginástica).
Se for aceito, o movimento será batizado de "Zanetti".
O novo elemento começa com o atleta fazendo uma prancha com o corpo na horizontal, abaixo do nível das argolas. Após dois segundos, ele eleva o corpo acima das argolas e mantém a posição por mais dois segundos.
| Editoria de arte/Folhapress |
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Zanetti começou a treinar o movimento antes dos Jogos Olímpicos de 2012, mas só agora está conseguindo colocá-lo em suas séries de exercícios.
"É um elemento muito difícil, que gasta muita força. E não é só no braço, é no corpo todo. Às vezes faço tanta força que dói até a panturrilha", conta o atleta, que viajará na segunda para o Mundial da Antuérpia, de 30 de setembro e 6 de outubro.
Caso a federação reconheça o movimento como inédito, Zanetti repetirá o feito de outros dois brasileiros, Daiane dos Santos e Diego Hipólito, que já têm elementos com seus nomes.
"Geralmente grandes atletas, que ganharam vários títulos, têm seu nome no código. Agora, nós estamos tentando isso", comentou Zanetti.
Mas o motivo para criar um novo movimento vai muito além da vaidade pessoal. O objetivo do brasileiro com o "Zanetti" é aumentar sua vantagem para seus principais rivais.
"Essa é uma forma de aumentar a nota de partida dele. Seria muito difícil aumentá-la em outros elementos", explica Marcos Goto, técnico de Zanetti.
Para que a pontuação da série do atleta realmente aumente, o treinador luta para que o movimento seja classificado como de valor "F", o que daria um aumento de 0,1 ponto na nota de partida do ginasta, que varia de acordo com a dificuldade dos elementos apresentados.
No entanto, a primeira avaliação do movimento não foi positiva para Goto e Zanetti.
O atleta apresentou o elemento na etapa da Copa do Mundo de ginástica artística de Anadia, em Portugal, e lá os juízes consideraram o movimento como de grau de dificuldade "E", abaixo do esperado pela dupla.
"Vamos mostrar o movimento no treino, e a FIG vai falar que nota vai dar. Se valer 'F', vamos repetir o movimento na final. Se não, vamos fazer apenas na fase classificatória para a homologação", explicou Goto.
| Osvaldo F./Divulgação | ||
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| Arthur Zanetti se esforça para fazer movimento em treino |