Folha de S. Paulo


Presidente do Grêmio não descarta retorno de Ronaldinho

O presidente do Grêmio, Fábio Koff, não descarta um possível retorno de Ronaldinho, atualmente no Atlético-MG, ao clube gaúcho em 2014.

"Nós temos uma concepção sobre o futebol em 2014. Vamos ver se há interesse em contar com jogadores consagrados. O Ronaldinho tem um marketing muito forte, nome de respeito. Temos de resolver isso num momento oportuno", disse Koff para a Rádio Bandeirantes.

"Ronaldinho tem uma relação de amor e ódio com o Grêmio. Tenho boa relação inclusive com a família. Recordo dele pequeno, com 14 anos, na escolinha na época em que era presidente. Hoje é uma relação do ódio. Mas uma coisa é clara. Eu vou estar sempre com a torcida", afirmou o dirigente.

No jogo de domingo entre Grêmio e Atlético-MG, em Porto Alegre, Ronaldinho deu indícios de que quer retornar ao time tricolor apesar de não ter uma boa relação com a torcida, que se sentiu traída quando o jogador preferiu jogar no Flamengo.

Bruno Cantini - 4.set.2013/Divulgação/Atlético Mineiro
Ronaldinho comemora um gol pelo Atlético-MG no estádio Independência
Ronaldinho comemora um gol pelo Atlético-MG no estádio Independência

Ronaldinho confidenciou a jogadores do Grêmio que atuaram na partida contra o Atlético-MG que gostaria de retornar ao clube um dia.

Por outro lado, o diretor executivo da equipe gaúcha, Rui Costa, afirmou que, pelo menos no momento, não há nenhuma negociação que envolva o atleta.

"Não podemos falar sobre hipótese. Ele tem amigos aqui, principalmente funcionários. É uma relação desgastada, conturbada, existe o desgaste da torcida com ele. Essas coisas marcam o torcedor. Nossa preocupação agora são com os jogadores que estão aqui", afirmou Costa.

Assis, irmão e empresário do jogador, disse à Rádio Grenal que Ronaldinho permanecerá no Brasil no próximo ano, mas não cravou se será no Atlético-MG. O vínculo com o atual campeão da Taça Libertadores acaba no fim do ano.

Na Arena do Grêmio, Ronaldinho parecia mais à vontade. Conversou com funcionários do clube e jogadores com quem nutre amizade pessoal --como Zé Roberto e Dida, companheiros de seleção brasileira, e o atacante Kleber.

"Não sei [se teria clima com a torcida para o retorno]. Entre os jogadores, acho que sim. Quem tem de falar é a direção. É algo muito longe para a gente ficar falando. O que eu sei é que ele gosta muito de Porto Alegre, é daqui. Mas o que a gente conversou, fica entre nós", afirmou Kleber, que encontrou o jogador do time mineiro na zona mista da Arena, já que não atuou no último domingo.

RELAÇÃO COM O GRÊMIO

A relação entre Ronaldinho e o Grêmio tem dois momentos que estremeceram a relação com a torcida e tornaram as partes quase inimigas.

O primeiro se deu em 2001, quando o meia deixou o Olímpico sem rechear os cofres gremistas, como era esperado, por conta de uma adequação à Lei Pelé.

O Grêmio entrou na Fifa para conseguir uma quantia de indenização. Depois, em 2011, quando Ronaldinho estava por voltar para o Brasil, o segundo capítulo: após tratar com o clube gaúcho, que dava a negociação como concretizada, acabou se transferindo para o Flamengo.

O presidente Paulo Odone chegou a contratar as caixas de som para a apresentação do craque no Olímpico.


Endereço da página: