Folha de S. Paulo


Alemão é o favorito para assumir presidência do COI

O COI (Comitê Olímpico Internacional) escolhe hoje, em sua assembleia em Buenos Aires, quem sucederá o belga Jacques Rogge, 71, na presidência da entidade.

Entre os seis candidatos que disputam a eleição, três são medalhistas olímpicos: o alemão Thomas Bach, ouro na esgrima em Montréal-1976, o ucraniano Sergey Bubka, ouro no salto com vara em Seul-1988, e o suíço Denis Oswald, bronze no remo em 76, e dirigente da Fisa (Federação Internacional de Remo).

Editoria de arte/Folhapress

Também estão no pleito o cingapurense Ser Miang Ng, outro vice-presidente do COI, o portorriquenho Richard Carrión, presidente da comissão de finanças da entidade, e Ching-Kuo Wu, de Taiwan, da Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador).

O mandatário terá mandato de oito anos, com direito a reeleição por mais quatro.

Nos bastidores, favorito é Bach, 59, chefe do Comitê Olímpico Alemão. Pesa a favor do advogado sua experiência no COI, do qual é membro desde 1991 e vice-presidente há sete anos.

Bach afirmou que, se eleito, uma de suas prioridades será a Olimpíada de 2016, no Rio. O COI está preocupado com a onda de protestos sociais no país. "Com a vila olímpica, as pessoas poderão comprar casas acessíveis, que a infraestrutura de transporte será melhor. Não devemos esconder nada", disse à BBC.

Mas sua candidatura também tem alguns contras. Recentemente, uma TV alemã mostrou documentário sobre Bach em que ele é acusado de ter trapaceado em competições de esgrima e de ter inclinações anti-semitas.

Em um escândalo de doping na então Alemanha Ocidental o Comitê Olímpico Alemão, presidido por ele, também é acusado de ocultar nomes de envolvidos no caso.

ERA ROGGE

Após 12 anos na chefia do COI, Jacques Rogge deixará como legado uma gestão que devolveu credibilidade ao COI. Quando assumiu, a entidade estava com a imagem arranhada pelo escândalo de propina nos Jogos de Inverno de Salt Lake City-2002.

Outra marca do belga foi ousar e levar Jogos Olímpicos para além do circuito Europa, Ásia e América do Norte. Em sua gestão foi escolhida a primeira sede sul-americana olímpica: o Rio, em 2016.

BERNARD DEVE SER ELEITO MEMBRO DO COI

O ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, 56, deve ser confirmado hoje membro do COI.

Além dele, há outros oito candidatos a vagas. Hoje, o Brasil não tem nenhum membro fixo --Carlos Arthur Nuzman é honorário.


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