Folha de S. Paulo


Tite culpa desfalques por marasmo do Corinthians no ataque

Assim como ocorreu em outros jogos nesta temporada, o Corinthians novamente não conseguiu superar a retranca montada pelo adversário no Pacaembu e saiu de campo sem os três pontos.

Neste domingo, diante do lanterna Náutico, a equipe do Parque São Jorge mais uma vez foi refém da boa marcação imposta pelos visitantes e ficou no 0 a 0 em jogo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o time sem inspiração na criação das jogadas ofensivas, o técnico Tite lamentou os desfalques dos jogadores, principalmente, que atuam no setor do meio de campo e na ligação entre a defesa e o ataque.

"Os jogadores que faltaram [ao time] eram de criação. E sempre criar é mais difícil, principalmente, quando se joga em casa. No primeiro tempo, [o time] foi abaixo, mas no segundo melhorou. Fizemos modificações, vocês viram. Edenílson foi para o apoio, já que é um passador melhor. Usamos ainda o Danilo de centroavante, depois Romarinho, e até o Paulo André. O time está acostumado a jogar com esse jogador [de referência]. Procuramos alternativas", apontou o comandante em entrevista coletiva.

Na partida, as baixas para o setor de criação foram o meia Douglas e o atacante Emerson Sheik, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, além de Renato Augusto e Guilherme, que ainda estão em recuperação de cirurgias.

Sem os principais armadores, o Corinthians foi muito lento nas transições ofensivas e teve pouca mobilidade do meio para frente. Ibson e Edenílson, responsáveis por fazer a ligação entre a defesa e o ataque, não fizeram um bom jogo individualmente.

Com isso, o time chegou a ser vaiado em alguns momentos pela torcida que compareceu ao estádio do Pacaembu. Mas, para o treinador corintiano, as críticas são aceitáveis.

"Aprendi a respeitar o sentimento do torcedor. Em nenhum momento, tu vai me ver contrapor. O sentimento dele, eu vou respeitar, tenho de estar preparado. Mas, acho que a torcida vai saber avaliar quem estava disponível no jogo contra o Flamengo, por exemplo, e quem estava disponível em outro jogo", completou, referindo-se à goleada que a equipe paulista aplicou na semana passada.


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