Quatro das cinco contratações mais caras da história do futebol tiveram a assinatura do mesmo homem: o empresário espanhol da construção civil Florentino Pérez, 66.
Presidente do Real Madrid entre 2000 e 2006 e novamente a partir de 2009, o cartola é sinônimo de megalomania.
A chegada do galês Bale, 24, do Tottenham, por € 92 milhões (R$ 288 milhões), o segundo maior negócio da história, fez Pérez romper a casa do € 1 bilhão (R$ 3,1 bilhões) torrado em reforços.
Essa fortuna toda levou ao Real alguns dos maiores astros do século 21, entre eles Cristiano Ronaldo (o mais caro da história), Zidane (terceiro no ranking), Kaká (quinto), Ronaldo e Beckham.
Mesmo com tanto craques, o time de Pérez só conquistou uma Copa dos Campeões (2002). A solução? Buscar mais alguns reforços caros.
"Em junho, eu disse em uma palestra que o Florentino queria o Bale, então o contrataria mesmo se o Tottenham não quisesse vender. Quando ele quer algum jogador, não se importa com o valor", diz o empresário Wagner Ribeiro, que é próximo do presidente madrileno desde a venda de Robinho, em 2005.
O agente cita um caso de negociação que não deu certo para mostrar como Pérez não tem freio para usar o dinheiro na sedução de atletas.
"Ele é um homem muito determinado. Queria demais ter o Neymar e ofereceu muito mais que o Barcelona. Só perdeu a disputa por causa do desejo do jogador."
Dinheiro não é problema para o presidente. Sua fortuna pessoal é estimada em US$ 1,4 bilhão (R$ 3,3 bilhões), a 12ª maior da Espanha, segundo a revista "Forbes".
Além disso, o Real Madrid é o clube de futebol que mais fatura no planeta.
O projeto galáctico, as contratações bombásticas feitas em sua primeira passagem, foi financiado com os mais de € 400 milhões (R$ 1,2 bilhão, na cotação atual) levantados por Pérez com a venda do CT do Real para a prefeitura de Madri. Houve suspeita de superfaturamento.
| Paco Campos/Efe | ||
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| Florentino Pérez, presidente do Real Madrid |