O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, disse nesta segunda-feira que o dinheiro dos amistosos da seleção brasileira depositados em contas em seu nome nos Estados Unidos e em Andorra trata-se de uma operação legal e que os valores constam de seus honorários para promover os amistosos.
"Não são comissões, são meus honorários em um trabalho que faço publicamente durante toda a minha vida. Não entendo quando tentam desviar, caluniar palavras que não são corretas", disse Rosell em entrevista à Catalunya Rádio.
Uma empresa de Rosell recebeu comissões no valor de 8,3 milhões de euros (equivalente hoje a R$ 25,5 milhões) por serviços "de marketing e promoção" em 24 amistosos da seleção brasileira entre 2006 e 2012.
| Albert Olivé - 4.mar.2013/Efe |
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| O presidente do Barcelona, Sandro Rosell |
O cartola fez ainda um desafio ao dizer que qualquer um que queira pode denunciá-lo.
"Qualquer um que quiser me denunciar, que denuncie. Que vá a um tribunal e me denuncie por coisas que disse que fiz e conversaremos perante um juiz", afirmou.
O dinheiro era repassado pela ISE, empresa árabe que detém os direitos sobre os amistosos. A ISE, por sua vez, contratava uma empresa Suíça chamada Kentaro, que cuidava de toda a organização, logística, ingressos e venda de espaços publicitários dos jogos.
A ISE pagava à CBF US$ 1,15 milhão. Cerca de US$ 450 mil iam parar na conta da empresa de Rosell.
A Kentaro, que realmente fazia esse trabalho, disse que, de acordo com as sua diretrizes, nunca comenta as questões contratuais.
"Tudo o que podemos dizer somente é que nós tínhamos um contrato com a ISE e que não sabemos com quem mais a ISE tem contatos", declarou a empresa.
Na semana passada, Rosell já havia dito não temer as investigações. "Para que nenhum sócio do Barcelona tenha dúvidas, tudo o que fiz na minha vida foi sempre honesto, correto e transparente, e tudo está declarado".