Folha de S. Paulo


Maria Suelen fala em gostinho amargo, mas exalta campanha feminina no Mundial de judô

Medalha de prata no Mundial de judô do Rio, a paulista Maria Suelen Altheman sabia que tinha uma parada dura pela frente na final da categoria pesado (até 78kg). Mas, apesar do retrospecto negativo, a brasileira acreditava que sairia com o ouro contra a campeã olímpica Idalys Ortiz.

A vitória não veio e, após a decepção inicial, Suelen preferiu enxergar a derrota pelo lado positivo.

"No começo fica um gostinho amargo, mas depois, parando e pesando, participei de uma final de Mundial e foi a quinta medalha no feminino. Então, o feminino fez uma campanha maravilhosa nesse Mundial e só tem a crescer cada vez mais", disse.

"Isso foi uma pequena demonstração do que vai acontecer em 2016. Competir em casa é muito bom, o ginásio cheio, a torcida te levanta... Mesmo quando você perde a torcida te apoia. Isso é muito bom".

Antes de vencer no Rio, a cubana já havia derrotado Suelen em outras quatro oportunidades em que se enfrentaram.

Suelen acredita que o seu jogo não casa com a da rival, mas que isso pode mudar até 2016, quando acontecem os jogos olímpicos no Rio de Janeiro.

"Eu não respeitei não, mas eu também não podia errar. Acabei errando e agora é analisar e olhar para frente. Somos atletas diferentes, jeitos diferentes de lutar e é aquela coisa de jogo, tem jogo que bate e jogo que não. Até agora o meu jogo não bateu com o dela, mas pode bater, tem ainda três anos até a Olimpíada".

Yasuyoshi Chiba/AFP
Maria Suelen (branco) luta contra a cubana Idalys Ortiz
Maria Suelen (branco) luta contra a cubana Idalys Ortiz

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