Depois de receber uma proposta "irrecusável" do CSKA Moscou, o atacante do Botafogo Vitinho, 19, acertou sua transferência para o futebol russo na segunda-feira. O clube irá desembolsar 10 milhões de euros (R$ 31,7 milhões) para pagar a multa rescisória do atleta.
Embora seja amigo de Vitinho, o zagueiro são-paulino Antônio Carlos, que jogou pelo Botafogo nos últimos quatro anos, encontrou motivos para festejar a saída precoce de mais um talento do futebol brasileiro.
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Vitor Silva - 15.ago.13/Divulgação/SSPress |
Vitinho (à esquerda) comemora gol do Botafogo |
"Trabalhei muito com o Vitinho. Se ele continuasse por aqui, poderia ser um dos melhores do Campeonato Brasileiro. Mas a oportunidade bate uma vez só."
"Para nós, zagueiros, é bom. É um atacante a menos para nos dar trabalho, dor de cabeça", disse o jogador em tom de brincadeira, após o treino desta quinta-feira. No domingo, o São Paulo enfrenta o Botafogo no Maracanã, pela 17ª rodada do Nacional.
Recentemente, o Atlético-MG também perdeu um jogador jovem para uma equipe estrangeira. O meia-atacante Bernard, 20, foi vendido para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, no começo de agosto, por quase R$ 80 milhões --a quinta maior contratação da história do futebol nacional.
Na visão de Antônio Carlos, as dificuldades financeiras pelas quais alguns clubes passam, criam o cenário propício para esse tipo de transação.
"Alguns clubes do Brasil não vivem um bom momento financeiro. Quando chega uma proposta como essa do Vitinho, é difícil segurar o jogador. O time está precisando de dinheiro, é normal [vender]", opinou.
Os jogadores do Botafogo, por exemplo, estão com os salários atrasados há dois meses. O novo camisa 4 do São Paulo revelou que também "está na fila para receber".
"É difícil falar sobre isso. Ainda tenho que receber, tem coisas pendentes. Vamos esperar."
Divulgação/saopaulofc.net | ||
O zagueiro Antônio Carlos (à esq.) treina no CT da Barra Funda |