Folha de S. Paulo


Medalhista olímpico Michael Johnson defende que punição por doping dobre para 4 anos

Dono de quatro medalhas de ouro olímpica, o norte-americano Michael Johnson defendeu nesta quarta-feira punições mais severas para atletas flagrados por doping.

Ao participar do Fórum Internacional sobre Esportes de Elite, o primeiro homem a vencer os 200 e 400 m rasos na mesma Olimpíada (Atlanta-96) disse que as penas em casos de doping deveriam ser de quatro anos. A suspensão máxima prevista para o caso é de dois anos.

"Temos de acabar com o doping no atletismo, no esporte, assim como temos de eliminar todo e qualquer crime da sociedade", disse Johnson, que foi nove vezes campeão mundial.

No mês passado, os jamaicanos Asafa Powell e Sherone Simpson foram flagrados com substâncias proibidas em exames.

Aos 30 anos, Powell é um dos principais corredores da atualidade. Até 2008, ele tinha o recorde mundial dos 100m, quando teve sua marca quebrada por Usain Bolt.

"Devo tudo ao atletismo, mas eu fico muito satisfeito quando alguém é pego cometendo essa ilegalidade, que mancha o esporte', declarou o ex-atleta de 45 anos, no encerramento do fórum realizado na sede do COB (Comitê Olímpico Brasileiro.

O norte-americano elogiou os jamaicanos. "De seis, sete anos para cá, os jamaicanos passaram a investir mais na capacitação de seus técnicos e demais profissionais e os próprios atletas começaram a rejeitar um intercâmbio maior com os Estados Unidos por causa de diferenças culturais. Isso acabou trazendo ótimos resultados para a Jamaica. O Bolt não foi desenvolvido nos Estados Unidos. Foi lá mesmo no país dele", disse Johnson.


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