Folha de S. Paulo


Promessa santista evita comparações com Neymar e rejeita apelido 'Gabigol'

O atacante Gabriel, 16, anotou um dos gols do triunfo santista por 2 a 0 sobre o Vitória, no último sábado, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Titular no duelo, ele vestia a camisa 11, usada por Neymar durante sua passagem pelo clube do litoral paulista.

No jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, Gabriel saiu do banco de reservas para marcar o tento que deu a vitória ao Santos. Apesar do bom momento, ele evita euforia e conta que ainda há muito aprendizado pela frente.

"Dentro de campo, tenho muito o que aprender, sou muito novo. Mas venho trabalhando bastante, confio no meu potencial. As coisas acontecem quando a gente menos espera. Eu não estava sendo nem relacionado e fui titular. Agora é conseguir manter esse trabalho, entrar e mostrar meu futebol", disse o jogador em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no CT Rei Pelé.

Diante da boa fase, as comparações entre Gabriel e Neymar são inevitáveis. Perguntado sobre o peso de vestir a camisa 11, a nova promessa santista se esquivou e afirmou que quer traçar sua própria trajetória no time alvinegro.

"A camisa do Santos já é pesada, não é só a de numero 11. Neymar é Neymar, Gabriel é Gabriel. Não vai existir outro Neymar no Santos. Quero construir minha história."

Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Gabriel comemora o seu gol para o Santos sobre o Vitória, na Vila Belmiro
Gabriel comemora o seu gol para o Santos sobre o Vitória, na Vila Belmiro

O atacante também rejeita o apelido de Gabigol.

"Eu só tenho dois [gols na carreira como profissional]! Isso foi uma brincadeira dos moleques da base. É Gabriel", ressaltou.

Mesmo com a pouca idade, o jogador demonstra personalidade forte. Na terceira rodada do Brasileiro, contra o Grêmio, o Santos teve um pênalti anotado a seu favor. Gabriel se apresentou para cobrar, mas Edu Dracena vetou, e William José converteu o tiro penal. Nesta segunda, o atacante de 16 anos não hesitou em falar que repetiria o gesto.

"Moral [para bater o pênalti] todo mundo tem. Se tiver outro pênalti eu estarei à disposição", finalizou.


Endereço da página:

Links no texto: