Folha de S. Paulo


Presidente da Rússia proíbe manifestações durante os Jogos Olímpicos de Inverno

O presidente russo Vladimir Putin proibiu qualquer reunião ou manifestação durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, que acontecem entre os dias 7 e 23 de fevereiro de 2014.

De acordo com um decreto presidencial de 19 de agosto e publicado nesta sexta no jornal oficial "Rossiiskaia Gazeta", "reuniões, manifestações, congregações e passeatas não relacionadas com o desenvolvimento dos Jogos Olímpicos e previstas para entre 7 de janeiro e 21 de março nas áreas onde serão aplicadas medidas de segurança reforçadas acontecerão em outro momento".

De fato, o decreto proíbe qualquer reunião durante as Olimpíadas de Inverno perto das instalações da competição.

A pouco menos de seis meses da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Sochi, a Rússia é alvo de críticas, especialmente de organizações não-governamentais que militam pelos direitos dos homossexuais que pedem o boicote aos Jogos Olímpicos de 2014 para protestar contra a lei antigay aprovada no país.

Putin aprovou em junho uma lei controversa que pune a "propaganda" homossexual em frente a menores de idade, um texto considerado discriminatório pelos defensores dos direitos humanos.

Nesta quinta-feira, a Rússia garantiu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que a lei não irá afetar os atletas ou o público que comparecer à Sochi no ano que vem.

A saltadora russa Ielena Isinbaieva chegou a defender na semana passada a medida do governo russo. Um dia depois, a atleta recuou e disse ter sido mal-interpretada.

A organização Human Rights Watch (HRW) acusou as autoridades russas de "assediar defensores de direitos humanos e jornalistas" que denunciam as violações de direitos durante os preparativos para os Jogos de Sochi, que fica numa região entre o Mar Negro e as montanhas do Cáucaso.


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