Ielena Isinbaieva voltou a provocar polêmica, agora com os próprios russos ao afirmar que quer deixar a sua "decadente" cidade-natal e morar em Mônaco.
Aos 31 anos, a saltadora russa, tricampeã mundial e dona de ouro olímpico, aumentou a lista de desafetos menos de uma semana depois de defender a lei antigay da Rússia ainda durante o Mundial de Moscou. Um dia depois, porém, ela afirmou que foi mal-interpretada.
Nesta quinta-feira, em uma entrevista dada ao jornal de Volgogrado (ex-Stalingrado), o "Argumenty i Fakty", ela deixou claro a sua vontade de morar no principado europeu.
"Quero morar no exterior. Tenho muitas responsabilidades em Volgogrado, mas eu quero morar em Mônaco. O que eu posso fazer na pobre Volgogrado? A cidade dá medo, é velha. Esta decadente. As ruas estão terríveis...", disse, completando que voltará para a cidade apenas para visitar seu treinador. "Não há condições de se viver nesta cidade, ninguém nos escuta", completou.
As declarações não agradaram parte dos políticos e dos moradores da cidade, que esperavam contar com a atleta para o desenvolvimento da região.
Desde que se tornou uma estrela do atletismo, a saltadora passou a morar em Mônaco, mas voltou para sua cidade para poder treinar novamente com o técnico Ievgeni Trofimov.
Depois do título mundial em Moscou, Isinbaieva pretende dar um tempo na carreira no salto com vara. Quer ser mãe e voltar para a Olimpíada do Rio, em 2016.
STALINGRADO
A cidade russa é conhecida principalmente por ser o local da primeira derrota do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Os russos glorificam a batalha de Stalingrado como o acontecimento que salvou a Europa do nazismo.
Chamada de Zaritsina no período imperial, a cidade foi rebatizada com o nome do dirigente soviético Stalin em 1925, antes de virar, em 1961, Volgogrado (em referência ao rio Volga) durante o período de revisão da era Stalin promovida por Nikita Krushchev.
| Kai Pfaffenbach-11.ago.2013/Reuters | ||
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| A russa Ielena Isinbaieva se prepara antes de participar da prova de salto com vara, em Moscou |