Folha de S. Paulo


Rússia vence Mundial de atletismo marcado por polêmica

Em casa, a Rússia voltou a liderar o quadro de medalhas de um Mundial de atletismo pela primeira vez desde 2001.

As últimas cinco edições foram vencidas pelos EUA.

Em Moscou, os russos ganharam 17 medalhas (7 ouros, 4 pratas e 6 bronzes). Os americanos foram ao pódio 25 vezes (6 ouros, 14 pratas e 5 bronzes). A Jamaica levou 6 ouros, 2 pratas e 1 bronze.

Os russos, no entanto, apresentaram resultado inferior ao do Mundial de Daegu, dois anos atrás, quando ganharam 9 ouros em 19 pódios.

Os EUA também pioraram: haviam obtido 25 medalhas, mas ganharam 12 ouros.

Além do domínio russo na pista e no campo, o Mundial foi marcado pela polêmica da nova lei antigay do país.

Atletas se manifestaram contra o texto, e duas suecas pintaram as unhas nas cores do arco-íris em protesto.

A campeã mundial do salto com vara, Ielena Isinbaieva, defendeu a lei. E suas declarações foram criticadas.

Ontem, o ministro do Esporte russo, Vitaly Mutko, disse que a controvérsia acerca da lei antigay era invenção da mídia ocidental.

Ele afirmou que os direitos dos atletas que disputarem nos Jogos de Inverno de Sochi-2014 serão respeitados.

BRASIL - AVALIAÇÃO POSITIVA

Apesar da falta de pódios --em 2011, Fabiana Murer foi ouro no salto com vara--, a CBAt avaliou como positiva a participação brasileira em Moscou.

"Tivemos um número razoável de finais. Foram oito, mas a gente sabe que falta melhorar", disse Ricardo D'Angelo, treinador-chefe.

Em 2011, o país havia chegado a quatro decisões.

Segundo ele, os potenciais medalhistas do país falharam por "questões técnicas".


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