Folha de S. Paulo


Calor em Moscou pode ser arma do Brasil na maratona

Os maratonistas brasileiros podem ser beneficiados se estiver quente amanhã em Moscou, durante a maratona no Mundial de atletismo.

Pelo menos é o que crê Paulo Roberto de Almeida Paula, oitavo em Londres-12 e representante do país. "O clima favorece. Estamos acostumados a correr no calor."

De fato, o ex-gari Solonei Rocha da Silva, o outro brasileiro na prova, conquistou o título Pan sob o sol de Guadalajara, no México, em 2011.

Daniel Marenco/Folhapress
Solonei Silva conquista a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos
Solonei conquista a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos

"Nós não podemos é cair na pilha dos outros atletas. Eles vão sair forte, mas lá na frente correm o risco de parar", diz Paulo Roberto, 34.

Na maratona feminina, apenas 46 das 72 atletas que largaram completaram a prova.

Pelas previsões, amanhã não será tão quente (máxima de 23ºC), mas o clima é sempre uma incógnita.

"Sempre tenho bons resultados no calor", diz Solonei, 31. "Aqui está quente. Prefiro que continue assim, pois em Penápolis [cidade onde vive] sempre faz esse tempo."

Calor ou não, é difícil que outros países tenham chances em uma maratona em que Quênia e Etiópia estão presentes, ainda que com desfalques. Machucado, o bicampeão Abel Kirui não correrá.

Cinco dos seis etíopes já fizeram abaixo de 2h05, como o experiente Tsegay Kebede. A equipe ainda traz o dono do melhor tempo do ano, Lelisa Desisa (2h04min45).


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