Fabiana Murer, 32, vive uma sensação diferente no Mundial de Moscou. Pela primeira vez em muitos anos, ela entra numa grande competição sem ser favorita ao pódio.
Atual campeã mundial, a paulista é a quarta colocada no ranking mundial do salto com vara neste ano -a eliminatória da prova começa às 12h10 (de Brasília) de hoje.
Seu melhor registro na temporada --4,73 m-- é 17 cm pior que o da líder do ranking, a cubana Yarisley Silva. A caribenha tem as cinco melhores marcas deste ano -todas acima de 4,80 m.
À frente de Fabiana na lista, ainda estão a norte-americana Jennifer Suhr, ouro em Londres-2012, e a russa Ielena Isinbaieva, que após o torneio se aposentará.
Antes o problema de Fabiana fossem apenas suas rivais.
Desde que faturou o ouro no Mundial de Daegu-2011, ela não manteve o nível.
Há dois anos não supera 4,80 m, marca considerada essencial para a briga pelo pódio -seu recorde sul-americano é de 4,85 m.
Outro indício da má fase da brasileira foi o desempenho na Olimpíada de Londres.
Ela não obteve vaga para a final e pôs a culpa no vento.
Agora, em Moscou, o discurso adotado é de cautela.
"A Fabiana vai brigar para estar na final", diz seu técnico e marido, Elson Miranda.
Se passar, terá muitas dificuldades com o trio de favoritas Suhr, Yarisley e Ielena, que formaram, nessa ordem, o pódio dos Jogos de Londres.
As três são as únicas na história a alcançarem ou superarem os 4,90 m -o recorde mundial é 5,06 m, de Ielena. A final será na terça.