Folha de S. Paulo


Maior façanha de um time do Amazonas na Copa do Brasil deve ser vista por poucos

A maior façanha de um time do Amazonas na Copa do Brasil deverá ser vista por poucos. O centenário Nacional, clube mais popular e o primeiro do Estado a avançar às oitavas de final do torneio, vai enfrentar o Vasco diante de apenas 5.000 torcedores.

Reflexo da Copa do Mundo: as obras em andamento para o Mundial de 2014 tiraram de circulação os principais estádios da cidade.

O Vivaldão foi abaixo para virar a suntuosa Arena Amazônia, para 44 mil pessoas, com 70% das obras concluídas. O estádio da Colina passa por reforma e servirá de centro de treinamento para as seleções visitantes.

Bruno Kelly - 12.abr.13/Reuters
Vista aérea das obras da Arena Manaus, que irá abrigar quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014
Vista aérea das obras da Arena Amazônia, que irá abrigar quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014

Por isso, o Nacional vai receber o Vasco, no dia 20, no jogo de ida das oitavas, no acanhado estádio Roberto Simonsen, cuja capacidade é de pouco mais de 5.000 pessoas, e que pertence ao Sesi.

"Recebemos proposta de uma empresa para levar o jogo para fora. Mas achamos justo que a partida fosse em Manaus, mesmo que para poucos", afirma o presidente do clube, Mário Cortez.

Para alcançar o feito inédito, o Nacional orgulha-se de ter eliminado dois times da Série A do Brasileiro, Coritiba e Ponte Preta, com jogos disputados no estádio do Sesi. Na Série D, porém, faz campanha ruim --é o penúltimo colocado do seu grupo.

"Se vencemos Coritiba e Ponte, podemos também derrotar o Vasco", diz o cartola, que estuda a instalação de arquibancada móvel para 1.500 pessoas. "A torcida do Vasco aqui é grande e terá sua cota de bilhetes. Mas temos que aumentar os preços ou não conseguimos fazer renda."

A CBF não vê problemas no estádio do Sesi, mas lamenta o público pequeno.

"O regulamento prevê capacidade mínima exigida [15 mil] apenas para semifinal e final. Mas eles vão ver que vale a pena jogar em outro lugar pela questão financeira", disse Virgílio Elísio, diretor de competições da entidade.


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