Folha de S. Paulo


Sem fechar orçamento, Paes quer cortar repasse para comitê organizador da Olimpíada

A três anos do início da Olimpíada, a Prefeitura do Rio celebrou a data sem ter um orçamento fechado para o evento. O município decidiu aguardar o detalhamento de todos os projetos para divulgar o volume de gastos definitivos.

Sem custos fechados, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) afirmou que não quer repassar recursos públicos ao comitê organizador da Olimpíada. O anúncio pegou de surpresa representantes da Rio-2016.

O diretor de operações, Leonardo Gryner, divulgava as ações previstas pelo Rio-2016 quando citou a cifra de US$ 700 milhões de dólares de recursos públicos prevista na dossiê de candidatura.

Paes interrompeu a apresentação para afirmar que a intenção é que esse valor não fosse repassado. "Nossa intenção é que o comitê organizador custeie toda sua operação e não precise de dinheiro público", disse o prefeito.

Gryner concordou: "Vamos fazer um esforço para que nossas receitas se igualem às despesas".

O peemedebista não apresentou os custos finais da Olimpíada. A prefeitura decidiu concluir os projetos executivos para a construção de todos os equipamentos para divulgar o gasto total no município. Restam ainda o parque aquático, velódromo, arena de handebol e o Parque Olímpico de Deodoro.

A execução deste último equipamento, estimado em R$ 1 bilhão, foi repassado recentemente pelo governo do Estado para a prefeitura. A obra tem o estágio mais preocupante na análise do COI (Comitê Olímpico Internacional). Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), a construção do equipamento está atrasada em 15 meses.

"Está atrasado, mas ainda temos tempo para fazer", disse Paes.


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