Folha de S. Paulo


Análise de nova amostra confirma doping do velocista americano Tyson Gay

A análise da amostra B do americano Tyson Gay, 30, flagrado em exame antidoping realizado em maio, confirmou que o atleta fez o uso de um produto proibido, relatou neste sábado a imprensa americana, baseada em informações da Agência Americana Antidoping (Usada).

Dono da melhor marca do ano nos 100 m rasos (9s75), Gay teria sido flagrado em outro exame antidoping, provavelmente durante as seletivas americanas, no fim do mês passado, de acordo com a France Prece. O atleta havia anunciado há época que não participará do Mundial de Atletismo que começa em duas semanas em Moscou.

Jean-Christophe Bott - 4.jul.2013/Efe
o velocista americano Tyson Gay, pego no doping
o velocista americano Tyson Gay, pego no doping

Após o anúncio do doping, a Adidas suspendeu o contrato com o atleta.

No mesmo dia do anúncio do doping de Tyson Gay, os velocistas jamaicanos Asafa Powell e Sherone Simpson foram pegos no exame por uso de estimulante

Em nota, a Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) comentou os testes positivos e disse que "a credibilidade do atletismo aumenta cada vez que um caso de doping é descoberto".

Gay sempre alegou que não fez uso de substância proibida de forma proposital e que foi enganado por alguém da sua equipe, versão que ganharia mais crédito caso vários controles positivos sejam confirmados para um curto período de tempo.

"Não tenho nenhuma história sobre sabotagem. O que aconteceu é que pus minha confiança em alguém e não deu certo", comentou à época o velocista, que foi campeão mundial dos 100m e 200m em Osaka 2007.

"Eu cometi um erro", admitiu Gay, que reforçou que nunca tomou, de forma consciente, nenhum medicamento ou droga que melhorasse sua performance nas pistas.

A Usada ressaltou diversas vezes que o americano foi muito cooperativo durante o inquérito.

Neste ano, Gay tinha recuperado sua melhor forma após um ano de lesões e passar por uma cirurgia nas costelas. Suas marcas da temporada (9s75 nos 100 m e 19s74 nos 200 m) lhe deram esperanças de superar o jamaicano Usain Bolt no Mundial de Moscou.

O americano não participou do Mundial de Daegu-2011, na Coreia do Sul, por causa de uma lesão no quadril, e não conseguiu voltar ao seu melhor nível para os Jogos de Londres-2012, ficando em quarto, a um centésimo no pódio. Ele foi prata no 4x100 m masculino


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