Folha de S. Paulo


Presidente do Atlético-MG muda tom e agora diz que Marin 'foi fraco'

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, criticou o presidente da CBF, José Maria Marin, que não conseguiu alterar o local da segunda partida da final da Taça Libertadores, marcada pela Conmebol para o Mineirão.

Bruno Cantini/Divulgação
Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG
Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG

A equipe mineira queria mandar a decisão no Independência assim como aconteceu em todos os jogos do clube na primeira fase e no mata-mata da competição.

"A CBF não teve forças e se mostrou muito fraca para que o regulamento fosse cumprido", disse o presidente Alexandre Kalil.

No último dia 15, o dirigente do clube mineiro elogiou a postura de Marin, que entrou em contato com a Conmebol para que o jogo fosse realizado no Independência.

"O meu voto é deles, claro. Não é nem pelo que fazem agora. Se for contra o Andres, eu voto no Marco Polo. O Andres implodiu o que o futebol brasileiro tinha de mais importante, o Clube dos 13", disse Kalil sobre a eleição na entidade que acontecerá em abril de 2014.

Sergio Moraes/Reuters
José Maria Marin, presidente da CBF
José Maria Marin, presidente da CBF

Além de criticar a entidade brasileira, o presidente do Atlético-MG também reclamou da Conmebol.

"Causou muito estranheza o regulamento não ter sido cumprido. A grande preocupação é que não houve normalidade e critérios até agora. Não consegui me comunicar com o presidente da Conmebol [Eugênio Figueiredo]. Pedimos uma explicação e não tivemos", acrescentou.

O presidente da Conmebol, Eugênio Figueiredo, saiu em defesa de Marin.

"Ele entrou em contato comigo, mas não foi possível alterar o local do jogo. Temos que defender os dois países. Buscamos segurança e não beneficiar Olimpia ou Atlético-MG. Essa decisão merece um cenário como o Mineirão. Estou muito tranquilo com o jogo sendo no Mineirão".

De acordo com o regulamento da Conmebol, o palco da final da Libertadores precisa ter capacidade para 40.000 pessoas. No Independência cabem 23 mil espectadores.

Reformado para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo, o Mineirão pode receber até 62.160 pessoas.
Porém, o Defensores del Chaco, local da primeira partida, tem capacidade para 38.000 espectadores, segundo a Associação de Futebol do Paraguai.

O segundo jogo da decisão da Taça Libertadores da América será realizado nesta quarta-feira, às 21h50, no Mineirão.

Como perdeu a primeira partida por 2 a 0, o Atlético-MG precisa vencer o rival por três gols de diferença para sagrar-se campeão. Caso repita o placar, o título será decidido na prorrogação e, se for necessário, nos pênaltis.


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