Folha de S. Paulo


Na decisão da Libertadores, Atlético-MG confia em Ronaldinho

Sem conquistar um título de expressão desde 2006, quando faturou com o Barcelona a Copa dos Campeões, Ronaldinho busca agora com o Atlético-MG sua redenção no futebol após passagens frustrantes por Milan e Flamengo e ficar fora da lista de Felipão para a Copa das Confederações

O meia-atacante é apontado pelos jogadores e pelo técnico Cuca como a principal esperança do clube mineiro para reverter a vantagem do Olímpia e conquistar o inédito título da competição.

O Atlético-MG precisa vencer o rival por três gols de diferença após perder a primeira partida por 2 a 0. Caso repita o placar, o título será decidido na prorrogação e, se for necessário, nos pênaltis.

"[Ronaldinho] É um jogador fantástico, duas vezes melhor do mundo, referência nossa. Ele é o cara que tenho mais confiança, que eu confio que pode me dar o título. Na quarta-feira o jogo é dele, pode ter certeza", disse Cuca.

"Desde a chegada do Ronaldo, ganhamos uma força muito grande. Por isso, quando chega essa hora, confiamos muito nele nessa final", declarou Jô, que teve sua opinião compartilhada pelo outro atacante do elenco. "Ronaldo é a estrela maior e ninguém quer ser mais que ninguém aqui no Atlético", disse Tardelli.

Cuca e os jogadores têm razão. Ronaldinho disputou 13 jogos pelo clube mineiro na competição e colaborou com 14 dos 27 gols marcados. Ele deu dez assistências e marcou quatro vezes no torneio.

Contra o Olimpia na última quarta-feira, Ronaldinho teve uma atuação abaixo da média e foi substituído antes da metade do segundo tempo. De acordo com o Datafolha, o meia não deu uma assistência, finalizou apenas uma vez ao gol e recebeu nove bolas. Ele ainda perdeu seis bolas.

No ano passado, Ronaldinho teve media de 31,7 recebidas por jogo no Brasileiro. A media de bolas perdidas foi de 5,5.

Os números de Ronaldinho contra o Olimpia foram piores do que no Nacional de 2011, quando atuou pelo Flamengo. Na época, terminou a competição com 33,6 bolas recebidas por partida --seis bolas perdidas de media.

No Atlético-MG e no Flamengo, Ronaldinho conquistou apenas campeonatos estaduais. No Milan, foi campeão italiano, mas deixou o clube na metade da competição.


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