Folha de S. Paulo


Com pior defesa pós-férias, São Paulo descarta retranca anticrise

O técnico Paulo Autuori está preocupado com a fragilidade da defesa do São Paulo. Mas não a ponto de pensar em armar uma retranca para tirar o time da crise.

Sem vencer há dez partidas e derrotada nas últimas sete vezes em que foi a campo, recorde na história do clube, a equipe é a mais vazada do Campeonato Brasileiro depois da pausa para a Copa das Confederações.

Dez dos 13 gols sofridos pelo time do Morumbi no torneio aconteceram nas quatro partidas da Série A jogadas neste mês, já após a paralisação de mais 20 dias do campeonato, em junho.

Foram dois gols do Santos, mais dois do Bahia, três contra o Vitória e outros três ante o Cruzeiro, na derrota de sábado.

"Temos que trabalhar muito para não sofrer gol. Mas não podemos ter uma postura de time pequeno só para não sofrer gol. Aqui é o São Paulo", declarou o técnico Paulo Autuori.

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O último jogo em que o São Paulo não foi vazado já está perto de completar dois meses: empate por 0 a 0 com o Atlético-MG, em 2 de junho, o primeiro jogo do jejum de vitórias.

A preocupação de Autuori com a defesa vai além do fato de que é mais difícil vencer um jogo se você sofre gols. Para o treinador, a crise vivida pelo São Paulo deixou os jogadores sem confiança para se recuperar de um placar adverso.

Foi o que aconteceu no 3 a 0 aplicado pelo Cruzeiro dentro do Morumbi. O time paulista jogava bem e era melhor em campo até sofrer o primeiro gol. Aí, desabou e virou presa fácil para o rival.

"Mentalmente, a gente está muito abalado. Precisamos conversar, ver se conseguimos melhorar essa situação".


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