A seleção brasileira masculina de vôlei derrotou os Estados Unidos por 3 a 1 (parciais de 25/22, 25/18, 20/25 e 28/26), neste sábado, no Rio, e garantiu o primeiro lugar do Grupo A da Liga Mundial.
Já classificado para a fase final, o Brasil confirmou a liderança da chave com 22 pontos, cinco a mais que a Bulgária, que bateu a Polônia por 3 a 0 na sexta e também se classificou à próxima etapa do torneio. Com 12 pontos, os EUA estão eliminados.
Cerca de dez mil torcedores apoiaram o time do técnico Bernardinho no Maracanãzinho. No domingo, as duas equipes se enfrentam novamente no mesmo estádio, às 9h45, pelo último jogo da fase de grupos.
A fase final da Liga acontece entre os dias 17 e 21 de julho, na Argentina.
| Divulgação/FIVB | ||
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| Maurício (esq.) e Lucão comemoram ponto do Brasil contra os EUA, no Maracanãzinho, pela Liga Mundial |
Sem Bruninho, Dante e Leandro Vissotto, poupados da partida, o Brasil tardou a engrenar. Os EUA saíram na frente do placar e assim permaneceram até chegar aos 20 pontos, quando começou a reação brasileira, que empatou com um ataque para fora do adversário e virou com uma cortada do oposto Wallace de Souza. O primeiro set terminou 25 a 22 para o Brasil.
O segundo set foi o mais tranquilo para a equipe de Bernardinho, que não ficou atrás do placar em nenhum momento. O destaque foi o meio de rede Lucão, que sozinho fez quatro pontos de saque e um de bloqueio. Sempre que o jogador ia para a posição de saque a torcida pedia "ace". Os EUA facilitaram o trabalho dos brasileiros. Treze pontos da equipe da casa foram originados por erros do adversário.
Já o terceiro set reservou uma recuperação dos visitantes na partida. Os EUA permaneceram cerca de quatro pontos à frente no placar do início ao fim da terceira etapa. A equipe brasileira ensaiou uma recuperação quando o placar estava 23 a 20, mas um erro de saque da equipe verde amarela deixou à americana a um ponto do final do set, confirmado no lance seguinte a vitória por 25 a 20.
O quarto set foi o mais equilibrado, com as duas equipes se revezando na dianteira do placar. O Brasil, contudo, venceu a etapa e, consequentemente a partida, por 3 sets a 1. Os EUA saíram na frente, sofreram a virada em seguida, mas conseguiram reverter o placar a seu favor, após empatar por 10 a 10. Depois disso, o time de Bernardinho ficou atrás na pontuação, mas igualou em 15, com ataque do ponteiro Lucarelli. A virada veio em bloqueio triplo em que o meio de rede Lucão superou o adversário.
Os EUA voltaram a empatar em 17, com o Brasil revertendo logo em seguida. Ambas equipes perderam e retomaram a dianteira do placar e mais de três oportunidades. O jogo ficou empatado por 24 a 24 --quando isso ocorre, vence a equipe que abrir dois pontos de diferença. O Brasil fechou a partida por 28 a 26.
O Brasil é nove vezes campeão da Liga Mundial de vôlei. O último título foi em 2010 e o primeiro, em 1993. As campeãs das edições mais recentes foram a Polônia e a Rússia, vencedoras, respectivamente, das edições de 2011 e 2012.
TRANSIÇÃO
O técnico Bernardinho afirmou que a equipe brasileira vive um momento de transição. Em sua avaliação, muitos dos jogadores que eram coadjuvantes no passado recente da equipe, estão adquirindo posições de liderança.
Dentro dessa configuração, explicou, os líderes da seleção estão cada vez mais jovens, caso do meio de rede Lucão, de 27 anos. Lucão entrou no time de Bernardinho em 2005 e hoje é um dos principais nomes da seleção. Essa redução na idade média, disse, é reflexo de uma dificuldade na formação de novos jogadores no país.
"Estamos com dificuldade em formar jogadores no país por conta da situação ruim em que se encontram os clubes brasileiros. Por conta disso, nossos líderes estão cada vez mais jovens, com 26, 27 anos. A intenção é que sejamos ainda mais competitivos. Sem dúvida, estamos passando por um processo de transição. Outros [jogadores] que vinham como coadjuvantes agora são protagonistas", disse o técnico após a partida.
O Brasil é nove vezes campeão da Liga Mundial de vôlei. O último título foi em 2010 e o primeiro, em 1993. As campeãs das edições mais recentes foram a Polônia e a Rússia, vencedoras, respectivamente, das edições de 2011 e 2012.