Folha de S. Paulo


"Pergunto ao torcedor, por que não o Autuori?", contesta Juvenal

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, defendeu a escolha de Paulo Autuori como novo técnico do time paulista.

Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes de 2005 pela equipe do Morumbi, o treinador foi apresentado nesta quinta-feira para a vaga que pertencia a Ney Franco apesar da preferência da torcida por Muricy Ramalho.

O nome de Muricy, tricampeão brasileiro à frente do São Paulo, vinha sendo gritado pelos torcedores antes mesmo da demissão de Ney, na semana passada.

"Essa pergunta seria inevitável. A torcida pediu o Muricy. Mas o São Paulo tem um gestor. Algumas pessoas gostam, outras não. E o gestor disse que é o Autuori. Eu pergunto ao torcedor, por que não um Autuori? Tenho um grande respeito pela torcida. Mas torcida é paixão, e administração é razão", afirmou o mandatário.

O presidente negou que o veto a Muricy partiu do seu vice Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, e disse que o dirigente não teria poder para uma decisão deste tamanho.

Autuori, que assinou contrato até o fim de 2014, leva vantagem sobre o tricampeão brasileiro na questão salarial.

Os ganhos de Muricy, que faturava cerca de R$ 700 mil mensais no Santos, são considerados fora da realidade pelo São Paulo. O salário de Autuori não foi divulgado, mas não chega à metade desse valor.

"Dizem que o Dorival ganhava R$ 800 mil no Flamengo e agora vai receber R$ 300 mil no Vasco. Isso é um sintoma. No Brasileiro, um time quer matar o outro. Ninguém pensa em se unir para diminuir os salários. Os clubes estão quebrando", completou Juvenal.


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