Folha de S. Paulo


Último britânico a vencer Wimbledon treinava com time de futebol

O torcedor britânico teve que esperar por 77 anos para ver um tenista da casa vencer Wimbledon novamente. O escocês Andy Murray quebrou este tabu que durava desde que Fred Perry conseguiu o feito.

Perry, que nasce em 1909, na Inglaterra, e morreu em 1995, conquistou Wimbledon por três vezes consecutivas: 1934, 1935 e 1936. Isso quando o tênis ainda era armador.

Na primeira oportunidade, Perry teve que derrotar, na final, o australiano Jack Crawford, que defendia o título. Nas duas outras conquistas, o britânico passou pelo alemão Gottfried von Cramm.

Perry ganhou os três títulos sem perder sequer um set nas finais. O tenista tinha uma preparação específica, que incluía, inclusive, treinamentos com o time do Arsenal.

Na final de 1934, Perry derrotou Crawford com parciais de 6/3, 6/0 e 7/5. Já em 1935, passou por Von Cramm com 6/2, 6/4 e 6/4. Em 1936, o tenista britânico não teve problema nenhum na decisão ao fazer 6/1, 6/1 e 6/0.

Em 1938, o britânico Bunny Austin também teve sua chance de levar o título, mas caiu na final diante do americano Don Budge. Depois disso, a Grã-Bretanha teria um longo caminho pela frente até ver um finalista novamente.

O tênis entrou na sua Era Aberta em 1968, quando a Federação Internacional de Tênis votou a favor de abrir torneios para profissionais, já que até essa época as principais competições só tinham participações de amadores.

Mesmo com a entrada da Era Aberta em 1968, a Grã-Bretanha só vibrou novamente com um tenista da casa na final de Wimbledon em 2012, quando o próprio Murray chegou à decisão. Mas não teve sucesso.

O escocês foi derrotado pelo suíço Roger Federer, por 3 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/5, 6/3 e 6/4. O jejum, porém, foi quebrado neste domingo, quando Murray bateu o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 7/5 e 6/4.


Endereço da página:

Links no texto: