Folha de S. Paulo


Murray ganha seu 2º Grand Slam e quebra jejum de 77 anos em Wimbledon

O escocês Andy Murray, número dois do mundo, derrotou o sérvio Novak Djokovic, primeiro do ranking, neste domingo, e conquistou o título de Wimbledon, quebrando assim um jejum de 77 anos sem um britânico vencer o torneio mais tradicional do tênis.

Murray precisou de três horas e nove minutos para vencer por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 7/5 e 6/4, e ganhar o segundo Grand Slam de sua carreira --venceu o Aberto dos Estados Unidos em 2012, ao bater justamente Djokovic na final.

Murray, que nasceu em Dunblane, na Escócia, torna-se assim o primeiro britânico a vencer Wimbledon desde Fred Perrey, em 1936. Murray já havia ficado perto de quebrar este tabu no ano passado, mas caiu na final diante do suíço Roger Federer.

O escocês de 26 anos chega assim ao seu 28º título de simples na carreira. Em 2012, além de vencer o Aberto dos Estados Unidos, ganhou também a medalha de ouro na Olimpíada de Londres.

Esta foi a quarta final de Grand Slam entre os rivais-amigos de infância --a diferença de idade entre eles é de apenas uma semana.

Djokovic triunfou nas decisões do Aberto da Austrália de 2011 e 2013, enquanto Murray venceu no último Aberto dos EUA e agora. No confronto direto, o sérvio continua com vantagem de 11 vitórias em 19 jogos.

O clima na quadra principal de Wimbledon era todo favorável a Murray, que era empurrado por quase 15 mil torcedores. O público vibrou a cada ponto. Com os termômetros marcando 29 graus, ele soube aproveitar a pressão do público e o cansaço do número um do mundo.

Na sexta-feira, Djokovic levou quase cinco horas para vencer o argentino Juan Martin Del Potro na semifinal mais longa da história do torneio.

Após o fim da partida, Murray foi até a arquibancada para cumprimentar a sua mãe e o seu técnico. O título só veio depois do quarto match point.

Estiveram presentes para acompanhar a partida várias celebridades, como Victoria Beckham, mulher de David Beckham, o atacante Wayne Rooney, do Manchester United, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.


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