Folha de S. Paulo


Após falhar na Copa e na Champions passada, Robben faz gol do título e vira herói

Um jogador em especial precisava do título da Copa dos Campeões neste sábado. Após perder um pênalti na prorrogação, diante do Chelsea, em plena Allianz Arena, o holandês Arjen Robben viu o Bayern de Munique ser superado pelo time inglês em casa no ano passado.

Era a grande chance da equipe bávara conquistar seu quinto título do torneio mais importante entre os clubes da Europa. Este erro diante do Chelsea lembrou a falha na Copa do Mundo-2010, quando arrancou livre, invadiu a área e chutou em cima do goleiro Casillas. A Holanda, a exemplo do Bayern, perderia o título em disputa após Robben desperdiçar uma oportunidade clara.

Até as quartas de final da atual edição da Champions, o holandês nem era titular. Ganhou a vaga após a contusão de Kroos.

Depois do fracasso em Munique, Robben estava novamente em uma decisão. Desta vez, curiosamente em Londres (cidade do Chelsea), o adversário era o rival alemão Borussia Dortmund.

No primeiro tempo, ele teve a oportunidade de colocar sua equipe em vantagem. Falhou nas três chances. Chutou em cima do goleiro Weidenfeller duas vezes e se atrapalhou com a bola no outro lance. Subotic conseguiu fazer o desarme.

Na etapa final, aos 14min, o holandês driblou o goleiro adversário, serviu o croata Mandzukic na pequena área e acompanhou a bola morrer nas redes do Borussia.

O empate do rival no pênalti convertido por Gundogan poderia ser um mau presságio. Mas, dois minutos depois, a bola saiu do pé direito de Müller e rolava em sua direção.

Era um gol certo, porém não avisaram Subotic. Novamente, o zagueiro apareceu para atrapalhar a redenção de Robben. Com um carrinho certeiro sobre a linha fatal, ele impediu o gol do Bayern.

Aos 43min, quando o trauma da prorrogação e do vice rondava a cabeça do atleta novamente, ele surgiu no meio da defesa do Borussia, superou Weindefeller e fez o gol do título.

Após o apito final do árbitro italiano Nicola Rizzoli, Robben chorou no gramado. Era o alívio por ter virado herói depois de ser considerado vilão.

"Ainda não consegui entender o que aconteceu, são muitas emoções", declarou o jogador ao se sagrar campeão do torneio pela primeira vez. Em 2010 e 2012, amargou o vice-campeonato.


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