Folha de S. Paulo


Kleina vê equilíbrio no Palmeiras e diz que só falta 'retoque final'

Gilson Kleina, 45, começa com o Palmeiras no sábado, ante o Atlético-GO, em Itu, uma rara trajetória no futebol brasileiro: reerguer o mesmo clube com o qual caiu.

Na última década, só Ney Franco sobreviveu ao rebaixamento à Série B com o Coritiba, em 2009, até conseguir subir o time no ano seguinte.

"É um caso muito parecido. O trabalho foi mantido, como agora no Palmeiras. Espero que possa ter a mesma competência e sorte que ele teve", disse Kleina à Folha.

Mas, para tentar repetir o feito do atual técnico são-paulino, o comandante palmeirense se viu obrigado a dividir a longa jornada de 38 rodadas em duas fases: a.C. e d.C. (antes e depois da Copa das Confederações).

Isso porque até a pausa de 24 dias para o torneio, entre 15 e 30 de junho, o Palmeiras fará seis partidas na Série B, que é a prioridade máxima do clube na temporada.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Gilson Kleina posa para foto no CT do Palmeiras
Gilson Kleina posa para foto no CT do Palmeiras

Mantido no cargo mesmo após a queda em 2012 e as eliminações no Paulista e na Libertadores neste ano, Kleina sabe que sua permanência d.C. está atrelada ao desempenho do time a.C..

"Esses seis jogos já são um planejamento especial. Já é uma competição à parte. Temos de fazer de tudo para ficarmos em primeiro ou ao menos na zona de classificação antes da parada."

Caso o Palmeiras não embale no início da competição, a diretoria pode aproveitar o intervalo de quase um mês para trocar o comando técnico se perceber que o acesso à Série A estiver ameaçado.

Mesmo assim, o treinador sinaliza com poucas mudanças em relação ao time que foi eliminado pelo Tijuana, do México, na Libertadores. Aposta no entrosamento.

"Temos que mudar muito pouco, aproveitar a sequência e manter a base que fizemos na Libertadores. É uma correção ou outra de quem não podia jogar", disse o treinador.

"Agora temos a grande chance de as coisas começarem a acontecer."

RETOQUE FINAL

Kleina já comandou um time na Série B quatro vezes. Na última delas, subiu com a Ponte Preta, em 2011.

"É um campeonato muito difícil. São 38 finais. Toda equipe que enfrentar o Palmeiras vai jogar com mais vontade", disse o técnico.

Há sete meses no clube, o treinador disse que conseguiu implantar sua filosofia no grupo, reduziu o número de gols tomados, mas reconhece que o ataque palmeirense ainda é "precário".

"O que a gente precisa agora é de retoque final. Trazer dois ou 3 jogadores com referências que vão chegar e ajudar a colocar o Palmeiras nos trilhos", completou.

A diretoria procura investidores para tentar contratar o centroavante paraguaio Pablo Velázquez, 26, do Libertad, que chamou a atenção de Kleina na Libertadores.


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